O Nada que Sou

Era a menina que sonhava...

Agora, a mulher que realiza os próprios sonhos.

Era a menina que tinha medo...

agora, a mulher que enfrenta o desconhecido.

Era a menina que chorava...

agora, a mulher que rir dos próprios erros.

Era a menina frágil...

Agora a mulher forte, capaz de suportar a pior dor: a morte de quem se ama.

Era a menina que queria...

Agora, a mulher que faz. E faz dando o melhor de si.

Era a menina que tinha colegas...

Agora a mulher que cultiva amizades verdadeiras.

Era a menina boba...

Agora, a mulher sagaz que pensa antes de agir.

Era a menina que queria ser amada...

Agora, a mulher que ama a si mesma e sabe seu valor.

Era a menina que abaixava a cabeça...

Agora, a mulher que fala de cabeça erguida.

Era a menina que procurava um abrigo...

Agora, a mulher que encontra um porto seguro dentro de si.

Era a menina que tentava encontrar a verdade...

Agora, a mulher que aprendeu a maior verdade

e ao mesmo tempo a maior mentira: o amor.

Era a menina que ansiava ser mulher...

Agora, a mulher que sabe que nunca deixará de ser uma

menina.

Por fim, de tudo que fui, que sou e possivelmente virei a ser,

reconheço a minha condição de nada.

Não somos nada diante da plenitude do universo,

da grandeza de suas galáxias, de suas incontáveis estrelas,

de seus inúmeros planetas.

Não somos nada diante deste céu azul pontilhado de nuvens

brancas-cinzas, diante do mar, diante da natureza com sua força,

com sua diversidade de formas, cores, sabores, de vida.

Isto, exatamente isto, não somos nada diante da vida.

Mas a constatação de que sou nada não me assusta,

pois foi do nada que Deus fez tudo.

"E disse Deus: Haja luz. E Houve luz". (Gênesis cap. 1 v. 3)

Parabéns para mim!

wilcileneC
Enviado por wilcileneC em 03/03/2015
Código do texto: T5156767
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