AS DORES DO MUNDO

As dores que sinto não são as dores do mundo.

Minhas dores são minhas!

São os compromissos assumidos e não cumpridos.

São a colheita da ética que não vivi.

As dores do mundo são as dores do que fazem com o mundo.

Os que destroem a própria casa,

quem envenena a água que mata a sede e que nos dá a vida.

Daqueles que ainda não entenderam que aqui tudo é transitório, passageiro.

Então o mundo dói, mas dói muito.

E em seu lamento devolve o alinhamento do caminho, não como vingança, mas em forma de amor.

As vezes sinto as dores do mundo nos olhos chorosos da fome e de miséria.

Mas a dor é depurativa.

Ela é consolo para a alma.

É reflexão e mudança de caminho.

É autoajuda, autoconhecimento.

Em fim a dor é a única linguagem que a raça humana entende.

Talvez, em outra dimensão aprenderemos a compreender a linguagem do amor.

Tião Neiva

TIÃO NEIVA
Enviado por TIÃO NEIVA em 15/03/2024
Código do texto: T8020438
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