quando a saudade aperta

tardes de sol. dias de frio

sentir o calor do beijo, o toque da pele, é o que ele mais deseja.

olhar para ela, admirar, beijar e beijar.

a saudade aperta no peito e o telefone dela toca. ele resmunga um: - preciso te ver do outro lado.

ele sempre tem essa mania engraçada de resmungar o que o coração grita lá dentro.

quando ele a vê, de longe já abre um sorriso que nem ele sabe de onde vem.

se pergunta como pode isso?

ela é tão dela, mas ainda assim se entrega à ele. toda dele. desde o toque na pele até o toque dos lábios.

ela é toda bela, até de moletom e touca, e ainda mais de rala bela.

quando ela acorda, a voz é rouca, um timbre que aos ouvidos dele soa tão bem.

morar ali,

em meio ao cheiro dos cabelos dela,

em meio ao enrosco do braço, que ele insiste em deixar embaixo dela, mas ela insiste em não permitir por muito tempo.

ele não entende a entrega dela, carnal, feroz e intensa. logo após é morna, distante e protegida.

protegida.

ela se protege.

se blinda. se aninha.

é bonito como ela se aninha à ele, como os corpos se aquecem, como ele insiste em dar banho quente nela. como ele insiste em segurar o cabelo dela para não molhar.

como ele se torna o melhor por ela. o cara carinhoso. carente. dócil. fugaz. gentil. feroz. bobo e louco.

é bonito como ele insiste em se enganar de que não passa de um simples caso, que o acaso se encarregou de trazer para perto.

atirou a fecha e foi certeira, no peito.

Um grande beijo no teu coração, e até o próximo post.