Desilusões

Na luz ardente deste sol brilhante. No calor grandioso desta tarde quente. Na ansiedade que sinto. No desencontro dessa humanidade carente e que sofre calada. Eu sinto um nó na garganta e me entristeço, por não poder por ela, fazer nada. O tempo passa rápido, tingindo de branco os meus cabelos. Sinto que a minha juventude, longe se vai. No andar cansado de uma longa espera, nas desilusões de uma vida incerta, esperando com ansiedade por um cumprimento solene, só encontrei preconceitos e me perdi nos anos que me restam de vida. Hoje decepcionado e triste, mergulho em um passado sem êxito, que me iludia com um futuro brilhante e me fazia sonhar. Tudo em vão, compreendo agora, que a minha vida é como a chama de uma vela, que ao apagar se torna cinzas dessa vela esquecida e nada mais. Tudo o que um dia sonhei foi em vão, fantasias que a vida cria na alma de um sonhador. Felizes são os que tem o pé no chão.

Nino Paiva
Enviado por Nino Paiva em 15/08/2015
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