TV, sexo, violência e a CRIANÇA
CENAS de sexo
e violência...
Na TV...
Dentro de casa
corre perigo
a Infância!
'Educada pela TV...
Como será essa criança?
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Cenas de Sexo e Violência na TV
McFarlane disse que quando perguntou aos alunos, na faixa de 12 anos, sobre a questão que os deixava aflitos, um deles respondeu, sem constrangimento, que era saber quando aconteceria a sua primeira relação sexual.
O pediatra comentou que isso jamais aconteceria numa escola inglesa e atribuiu esta precocidade às novelas que passam nas televisões brasileiras.
Informaram, ainda, que os adolescentes ingleses assistem novelas apenas humorísticas, feitas especialmente para eles.
O período entre os 10 e os 20 anos é também decisivo na vida das pessoas, uma vez que o homem parece definir-se entre os 15-20 anos. É necessário nesta fase dar-lhes um porque para viver, urna vez que os fracassados dão à vida um sentido privado e apresentam grande vazio interior. Se não receberem amor não aprenderão a amar, o único caminho possível da felicidade na sociedade cristã. "Amarás teu Deus.., e ao próximo..."
No currículo da escola do amor existem matérias que exigem muito estudo e dedicação. Muitos ficam em recuperação por causa das aulas práticas na disciplina da comunicação, do diálogo e do perdão.
Uma notícia de jornal(2) chama-nos a atenção: "Governo vai coibir cenas de sexo e violência na TV." São os próprios telespectadores que estão querendo mais rigor para a programação televisiva. Em resposta a pesquisa do Ibope e da Retrato Consultona e Marketing, pais solicitam mais controle sobre o que seus filhos assistem. Das duas mil pessoas consultadas, 64% sugeriram classificação por faixa e horário, 32% pediram censura pura e simples e 5% não responderam. Um total de 75% dos entrevistados têm fortes expectativas de que algo seja feito para permitir a adequação de assuntos julgados impróprios para os mais jovens a horários mais avançados.
Os telespectadores apontaram filmes, novelas e programas que mais rejeitam, pelo conteúdo pornográfico e apelativo.
O povo, que alguns consideram inconsciente, parece revelar maturidade e não poderá ser rotulado de "moralista". Nem mesmo quando, no contra ou a favor, tem-se mostrado contrário à legalização camuflada do aborto.
Os entrevistados parecem ter tido acesso ao Editorial do Arquivo Brasileiro de Pediatria, escrito pelo Dr. Ricardo R. Barros, que é Presidente do Departamento de Adolescência, da Sociedade Brasileira de Pediatria, e Chefe do Serviço de Adolescentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Diz o Dr. Barros que os meios de comunicação, cada vez mais ágeis, exercem intensa influência nos jovens de hoje; a televisão, que entra nos lares indiscriminadamente, exibe valores ético-morais e consumistas nem sempre adequados à formação de suas identidades.
Anteriormente, quando discutimos os níveis de consciência na novela "O Rei do Gado", lembramos que os pais não são onipresentes e que o argumento de que o aparelho possui um botão para desligar não parece ser válido(4).
O Dr. Barros1 lembra que a sexualidade já não é mais tabu, que a genitalidade precoce é evidenciada no aumento da gravidez, no número maior de abortos e no índice crescente das doenças sexualmente transmissíveis.
No questionário do Ibope(2) o povo demonstrou lucidez ao aceitar cenas dentro de determinado contexto, a exemplo do filme "A Lagoa Azul" e ao rejeitar a dança, não só ortopedicamente preocupante, de Carla Perez, por entender que ela erotiza o corpo infantil. É preciso estar atento à sensualidade camuflada em programas infantis.
A preocupação com a (des)educação sexual na adolescência vem sendo demonstrada pelos brasileiros e o psiquiatra Dr. Luiz Fernando Pinto(8), analisa no Jornal de Pediatria, em 1995 o papel do erotismo na televisão como fator disfuncional na educação sexual da juventude. Afirma, o professor da Universidade Federal da Bahia, que na televisão os adolescentes encontram informações que satisfazem a sua curiosidade acerca do mundo sexual dos adultos. Isso ocorre por um processo de erotização cada vez mais explícito, que abusa de uma liberdade de expressão e exibição cada vez mais liberal e veicula informações sexuais de todos os tipos: ora fiéis e corretas, ora tendenciosas, preconceituosas, ambíguas e distorcidas.
Com o resultado obtido pelo Ibope(2), o Ministro da Justiça, no Brasil, mostrou a pesquisa a representantes da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV, com quem discutiu uma fórmula conjunta de controle da qualidade. O Ministério espera que as emissoras apresentem sugestões, evitando que o Governo seja obrigado a impor regras.
A notícia é luz no fundo do túnel. Anteriormente a ela os espíritas aprovaram, em 1993, por unanimidade, o lançamento da Campanha "Viver em Família" (5). Na sua apresentação, advoga-se que "o Espírito encarnado durante o período infantil é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir aqueles responsáveis por sua educação".
No ternário da Campanha encontramos, no item 7, a Educação Sexual, e no item 9, que recebeu o título de Desequilíbrios no Lar, diversos subtemas, tais como: a violência familiar; os problemas do sexo; prostituição e promiscuidade; doenças sexualmente transmissíveis, Aids e Outros. Como se vê, os espíritas não estão escondendo a cabeça na areia.
Aos pais pertence o direito e o dever da educação sexual, tarefa que fito pode ser transferida para a escola.
O Dr. Luiz Fernando (7) Pinto adverte que a televisão tem assumido o papel de principal educador de crianças e adolescentes e que isso aconteceu não por opção, mas por omissão dos segmentos responsáveis pela educação das novas gerações. O pediatra afirrna que não há dúvida de que a TV é um educador sexual eficaz e importante até porque os genitores, as escolas e os companheiros são fontes ineficazes.
A TV é consumida em grande escala desde os 2 anos de idade, durante a infância e a adolescência. A programação e os anúncios da TV são freqüentemente sensuais e, muitas vezes, os adolescentes acreditam que aquilo que vêem na TV seja real. Essa crença na realidade é maior entre crianças e adolescentes mais jovens, que são os maiores consumidores de TV, e entre as adolescentes, grupo em que ocorrem os maiores índices de gravidez.
O aparecimento de uma informação inadequada na televisão, numa tarde de domingo, no decorrer de um jogo de futebol importante ou durante um capítulo de novela, com alto índice de audiência, pode destruir o trabalho de cinco anos de investimentos e esforços de Instituições que mantêm programas dirigidos à saúde. Por isso o esforço dos governos na substituição de nomes de doenças curáveis que carregam consigo fortes cargas emocionais, acompanhadas de preconceitos, como é o caso da Hanseníase que luta até hoje com leproestigma.
As pessoas que assistem aos programas de entretenimento podem não ter a intenção de aprender noções sócio-político-filosóficas, mas aprendem ao longo dos programas. É verdade que isto é uma forma secundária de aprendizagem, mas certamente não é subliminar.
É preciso desconfiar da televisão porque nela nossos jovens vêem e ouvem mais acerca de abortos e estupros do que acerca da contracepção. Com a mídia muitos acabam se confundindo na distinção entre amor e sexo, chegando posteriormente até ao tédio sexual.
Emmanuel afirma que "a Universidade pode fazer o cidadão, mas somente o Lar pode edificar o homem".
Anália Franco(8) diz que devemos envolver nossos filhos na palavra de bênção, que vence o orgulho, e na luz do exemplo que dissipa as sombras da rebeldia. Eles perceberão que o Espiritismo gera consciências livres e que devemos provar semelhante verdade pelas próprias ações de renúncia e discernimento, conjugando o bálsamo do carinho com a rédea da autoridade. Assim, pois, embora muitas vezes torturados na abnegação incompreendida, mostremos a nossos filhos que a Lei Divina é insubornável e que todo Espírito é responsável por si próprio.
Referências Bibliográficas
Fonte: Revista : "Reformador"
1. O Globo, O jovem brasileiro é sexualmente precoce. Jornal da Família, domingo, 19 de maio de 1996.
2. O Globo, Governo vai coibir cenas de sexo e violência na TI': Medida atende a desejo dos telespectadores, de acordo com pesquisa. O País, pág. 9,3 set. 1997.
3. BARROS. R.R. A medicina de adolescentes dos anos 90. Arquivo Brasileiro de Pediatria, 4 (3): 71, 1997.
4. FORMIGA, L.C.D. A novela "O Rei do Gado" e os níveis de consciência.
Fraternidade, Lisboa, 404: 44-45,1997.
5. Campanha "VIVER EM FAMILIA". Subsídios para implantação e desenvolvimento. REFORMADOR, março de 1994.
6. FORMIGA, LC. Educa ção Sexual:
na família ou na escola. Folha Espírita, dezembm de 1996.
7. PINTO, LF.M. Televísão e educaçdo sexual. Jornal de Pediatria 71(5): 248-254, 1995.
8. FRANCO, A. Vigília Maternal. ln Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. O Espírito da Verdade, 1ª edição, ,págs. 108-110,FEB 1962.
geocities.ws/humildescomjesus/artigos/cenas.html
http://humildescomjesus.webcindario.com
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