ALGUNS ANIMAIS POVOANDO A NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA

Alguém para servir de BODE expiatório

Na sociedade em que vivemos sempre surgem circunstâncias atípicas em que, para salvar a pele, ou melhor, inocentar alguém que assume um cargo importante numa empresa, numa instituição ou na sociedade em geral, procura-se outra pessoa para assumir a culpa de um erro, um crime, um furto e denominamos essa atitude de encontrar um bode expiatório para o fato. Não é por menos que a palavra, o substantivo bode, significa, além de outras coisas, encrenca. Por exemplo, quando alguém numa turma qualquer faz algo escuso, inadequado, proibido etc., logo surge uma pessoa que comenta: “isso vai dar o maior BODE”.

Origem da expressão: segundo a Bíblia o dia da expiação era um ritual para toda a nação de Israel. Nesta ocasião era levado dois bodes onde um era sacrificado e o outro, denominado de BODE EXPIATÓRIO era tocado na cabeça pelo sacerdote que confessava todos os pecados dos israelitas, enviando-os para o deserto, onde todos os pecados eram aniquilados.

Ser cabeça de BAGRE

No nosso cotidiano, infelizmente, há várias maneiras de menosprezar uma pessoa. E uma dela, sem dúvida, é chamá-la de cabeça de BAGRE, em virtude de sua incompetência e desinteresse nas coisas que se propõe fazer, enfim, por causa da sua alienação e ineficiência em todos os sentidos. Só que isso, obviamente, serve para ambos os sexos. É verdade que, na maioria das vezes em que se profere tal expressão é mais em sentido de deboche e algumas vezes de brincadeira. Mas, não deixa de ser de mau gosto. Pois, na realidade, ninguém gosta de ser tratado desse modo tão pejorativo, depreciativo e humilhante.

Origem da expressão: graças às características do BAGRE, um peixe que tem um cérebro muito pequeno e uma cabeça muito grande, o que chega a ser desproporcional ao seu corpo.

Ficar igual a uma BARATA tonta.

Essa expressão também pode ser usada tanto para o homem como para mulher, quando um dois, em determinada circunstância, por motivos óbvios, lógicos, fica desarvorado, perdido, atônito, enfim, desorientado em todos os sentidos. Usa-a muitas vezes quando certas pessoas ingerem bebida alcoólica além da conta e quando não cometem acidentes ou são atropeladas devido ao seu estado de embriaguez, ficam realmente iguais a baratas tontas, pra lá e pra cá, sem orientação determinada. Ora vai para um lado ora, pra outro e assim sucessivamente.

É mais fácil um BOI voar!!!

Geralmente usamos essa expressão quando duvidamos que algo possa acontecer em determinado momento. Então, para externar a nossa desconfiança, falamos que é mais fácil um boi voar que tal fato acontecer. Para emoldurar esse fato, conta-se uma lenda que num determinado Convento, um frade quis testar o grau de fé de um irmão e falou que da janela do seu quarto ele via um boi voando. Ao perceber que o colega religioso fora verificar tal cena inusitada (mentirosa) caiu na gargalhada e disse em tom de zombaria: “Oh, irmão, você acha mesmo possível um boi voar”? Ao que ele respondeu categoricamente: “Acho mais fácil um boi voar do que um filho de Deus, um irmão de fé mentir à toa”.

Tal denúncia vai dar o maior BODE!

Falar que uma atitude, uma denúncia e um fato duvidoso ou espúrio vão dar o maior BODE significa que terá confusão no final. Quer dizer, nunca será uma boa coisa, pacífica, acima de tudo. Dar BODE é sinônimo de celeuma, litígio, confusão, não importa a circunstância. Portanto, quando se age de maneira premeditada com o objetivo de causar confusão, antecipadamente já se previne que tal atitude sem dúvida vai dar o maior BODE. É só se precaver ou esperar para ter certeza.

Tem BOI na linha.

Essa expressão significa que tem complicação, problema pela frente. Considerando que um trem não para repentinamente durante o seu percurso, um obstáculo que se apresenta na sua frente, será no mínimo atropelado, ocasionando um acidente de grandes proporções. Portanto, é melhor cada pessoa se precaver das palavras, gestos, atitudes. Isso serve de advertência para qualquer pessoa que poderá ter problemas sérios se não se precaver, por exemplo, quando se trata de uma conversa sigilosa, mas alguém surge de repente no ambiente, então a pessoa interrompe, falando que continua aquele assunto depois porque “tem boi na linha”, isto é, tem tente que não pode e nem deve ouvir aquele conversa.

Origem desta expressão surgiu nos primórdios quando foram construídas as primeiras ferrovias e o maquinista tinha que se virar para fazer alguma comunicação usando esta expressão, literalmente.

JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 27/05/2023
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