Feliz ano novo
31.12.2017
Falta pouco pra Terra completar mais uma volta ao redor do sol, eis o modo escolhido para contar um ano por aqui. Há quem conte a partir das fases da lua, e há ainda quem considere sol e lua para contar seus dias. Mas, fiquemos com nosso modo de considerar o ano.
A terra hoje completa mais uma volta ao redor do sol. E haja volta! Pensando por esse lado, podemos até entender um pouco da nossa tontura! Como somos tontos! Também, com tanta volta que o mundo dá, poderia ser diferente?
Todo dia a terra gira, provocando esbarrões, batidas, topadas, trombadas, encontros, choques, tropeções. Todo dia a terra gira e ficamos tontos com ela. São vertigens, perturbações, nos atrapalhamos entre tonturas e torturas.
É bem verdade que quando a gente ta tonto, vê tudo meio embaçado. E no turvo, as coisas ganham outra dimensão. Isso causa náuseas.
Por causa da tontura, a gente tenta se agarrar a algumas coisas pra não cair. Tentamos fixar pés, olhos e mãos em algum lugar. Nem sempre no melhor lugar, já que tontura causa temor e tremor.
Mas, tem uma coisa no roda, roda, roda; gira, gira, gira.... o vento!
Se prestarmos atenção, o vento bate no rodar.
Certamente, cada um de nós, cada mundo em nós, gira de um modo particular e precisa arranjar um jeito de lidar com a própria tontura... Mas, talvez seja o caso de abrirmos os braços pra sentir o vento do rodar.
Para o ano que se inicia daqui a algumas horas, desejo que respeitemos nossa própria tontura sem se torturar. E que nessa de ser tonto, a gente possa esbarrar, de braços abertos, com muita coisa boa! Talvez seja mesmo o caso de abrirmos mais os braços pra sentir o vento do rodar!
Que em 2018, a tontura, o temor e o tremor, não nos impeçam de sentir o vento, e de saudar os bons encontros em meio aos esbarrões.
Feliz ano novo!