VERDADEIRA CARIDADE

Não é raro testemunharmos demonstrações de bondade argumentadas no temor a Deus. São irmãos que vivem com moral exemplar sob o medo do castigo divino.

Outros tantos vivem, igualmente, na procura da realização do bem, mas tão somente pelo fato de que ficaria feliz se o bem fosse feito a ele ou se o mal não lhe seja aplicado. São irmãos que fazem o certo na espera que lhe façam o certo também ou evitam o mal na expectativa de que o mal não lhes seja feito.

É claro que injusto seria não admitir que tais irmãos já assumem um certo progresso, pois já são capazes de executar a Lei de Amor e Caridade sem intenções escusas ou daninhas. Mas, não se pode admitir que o bem esteja sendo feito com sinceridade de coração.

O verdadeiro homem de bem pratica o bem pelo bem. Faz o certo por ser o certo. Para esses irmãos, a prática do amor é tão natural quanto respirar.

Quando se faz o bem para evitar castigos do céu ou por que gostaríamos que fizessem o mesmo por nós, a naturalidade e a sinceridade já se encontram comprometidas. O que move pelo bem não é o coração, mas, sim, a espera de algo em troca, ainda que esse algo, num primeiro olhar, pareça ser sublime.

Entendemos, também, que a humanidade se encontra num estágio evolutivo onde poucos são os que fazem o bem com verdadeira pureza de coração. Muitos de nós ainda precisamos crer num Deus intolerante para que se inicie na prática do bem. Outros, um pouco mais evoluídos, ainda possuem a necessidade de terem o seu bem estar como referência para garantir e guardar o bem estar do próximo.

Em ambos os casos, são irmãos que ainda têm a necessidade de praticar o bem por obrigação, mas, já estão no caminho certo para, no futuro, praticar o bem com a naturalidade que deve existir.

André Luiz Gadelha
Enviado por André Luiz Gadelha em 21/09/2017
Código do texto: T6121078
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