Progresso do Espírito

Os Espíritos que desde o princípio seguem o caminho do bem nem por isso são Espíritos perfeitos. Não tem, é certo, maus pendores, mas precisam adquirir a experiência e os conhecimentos indispensáveis para alcançar a perfeição. Podemos compará-los a crianças que, seja qual for a bondade de seus instintos naturais, necessitam se desenvolver e esclarecer e que não passam, sem transição, da infância para a fase adulta.

Depende dos Espíritos o progredirem mais ou menos rapidamente em busca da perfeição, conforme o desejo que têm de alcançá-la e a submissão que testemunham à vontade de Deus. Os Espíritos não podem se conservar eternamente nas ordens inferiores; mudam de ordem mais rápida ou demoradamente, porém não podem degenerar. À medida que alcançam, compreendem o que os distancia da perfeição. O espírito ao concluir uma prova fica com a ciência que daí lhe veio e não a esquece. Pode permanecer estacionário durante algum tempo, porém não pode degenerar.

Uma só existência corporal é insuficiente para o espírito adquirir todo o bem que lhe falta e eliminar o mal que lhe sobra.

A evolução do Espírito se dá progressivamente, pois ela está intimamente ligada à experiência. Através de lutas expiatórias e provas, o Espírito caminha em busca da própria iluminação e aperfeiçoamento. Ao iniciar sua jornada encarnatória nos primeiros estágios evolutivos, o Espírito sofre todo tipo de influências, boas e ruins. Como é ignorante, suas tendências o levam a vivenciar experiências no campo do erro. Nem todos os Espíritos passam pelo caminho do mal, mas obrigatoriamente passam pelo da ignorância.

O Criador concede ao Espírito a liberdade de ceder ou resistir às más influências. Trata-se do "livre arbítrio". Essa liberdade de agir como bem entende, desenvolve-se na medida em que ele adquire a consciência de si mesmo. Isso faz com que ele tenha o mérito de suas próprias ações.

Roberto Valverde
Enviado por Roberto Valverde em 08/06/2017
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