* A PEDRA BRUTA *

A todo instante somos questionados... você está pronto?

Mas, o que é estar pronto? Quantos dedos foram apontados para você?

Você precisa fazer isso, precisa ser aquilo, preciso buscar isso.

Sinto-me sufocado, existem muitas expectativas sobre o que devo ser.

Entretanto, quem sou eu? Preciso caminhar tanto para ser alguém?

Alguém com aprovação da sociedade, da família, da mídia.

O ser que busco realmente precisa de tanta intervenção externa?

Será que preciso de tantos aceites e aprovações para ser?

Como é fácil identificar meus defeitos, como são nítidos meus disparates.

Contudo, convido-te para outro olhar, para outra razão.

Não existem defeitos; retire esta palavra do seu vocabulário!

Durante nossa jornada o que existe é apenas transformação.

O que é certo ou errado? No fundo são apenas experiências.

Por acaso uma pedra bruta no seu formato original estaria com defeito?

Pelo contrário, ela está perfeita para ser lapidada, para transformação.

Você é perfeito, você está perfeito para este momento que está vivendo.

Você é a mais pura perfeição da natureza, imagine os números acontecimento...

Que ocorrem para que você esteja aqui? Neste momento?

Como tudo aconteceu com perfeição. Não foi?

Você nasceu sem dever nada a ninguém, nem tão pouco obrigado a ser alguém, outrem.

Somos a soma de experiências, características genéticas e conhecimento empírico.

Dada vasta complexidade do mundo chamado "seres humanos" qual seria a medida para aferir?

Digo-te que não existe medida, você é complexo, simples e perfeito.

Tome posse de você neste momento, pois você é único. Invulgar, singular.

A matemática é simples. Você é você e ponto final.

No final, não existe certo ou errado, apenas o caminho.

Mas, será que existe final?

Ramon Marques Maia
Enviado por Ramon Marques Maia em 14/10/2016
Reeditado em 15/10/2016
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