PAZ NO MUNDO

Desde cedo o homem é educado para a competição. Os pais fazem questão de enumerar as qualidades dos seus filhos, que são ou devem ser os mais inteligentes, seja no âmbito escolar ou em qualquer outro ambiente. Contudo, eu sempre me questionei a respeito dos benefícios dessa atitude mental, e confesso, que silenciosamente, cheguei a discordar da mensagem. Ocorre que, lendo uma matéria sobre o tema competição, descobri um conteúdo que corroborou à minha linha de pensamento. Dizia a matéria: "Não estimule a competição no seu filho, cultive nele a consciência dos valores reais. Ensine-o a respeitar os que apresentam dificuldades, reconhecendo que o importante não é chegar em primeiro lugar, a qualquer preço, mas completar com honra o percurso, e nunca a sós. Por fim, estimule-o a conquistar a mais bela e brilhante medalha que deverá ostentar no peito: a do amor fraterno, que significa se importar com o outro, em todas as circunstâncias". A matéria fazia também referência a uma experiência relacionada, vivenciada por uma determinada professora, recém-formada, que lecionava em uma reserva de índios NAVAJOS. Relata Mary, que todos os dias pedia para que cinco dos jovens alunos navajos fôssem até o quadro e resolvessem um problema simples de matemática, mas eles costumavam ficar em silêncio, sem querer cumprir a tarefa. Depois de várias tentativas inexitosas, a jovem professora questionava-se a respeito de suas habilidades pedagógicas, afinal, a sua formação não a ensinara nenhuma técnica que resolvesse impasse dessa natureza. Preocupada, resolveu que seria melhor perguntar sobre o que poderia estar havendo de errado. E, na resposta de seus jovens alunos índios, aprendeu uma surpreendente lição sobre autoimagem e noção de valor próprio. Eles explicaram que queriam se respeitar uns aos outros. E, como sabiam que uns eram mais capazes que outros, não queriam exibir isso publicamente. Apesar de muitos jovens, eles entendiam como era inútil e desrespeitosa a competição do tipo perde-ganha na sala de aula. Depois disso, àquela jovem professora resolveu mudar a sua metodologia, passando a fazer uma correção individual das tarefas de seus alunos índios, de modo a atuar com maior dedicação aos que tivessem mais dificuldades. Fiquei muito contente ao confirmar a minha antiga suspeita; a de que devemos querer aprender, não para nos sobressair diante dos outros, mas para sermos mais felizes, vencendo as nossas próprias limitações, os "medos" que vamos acumulando ao longo da caminhada. Para obtermos a paz mundial que almejamos, faz-se imprescindível, que o estímulo a competição seja substituído por ensinamentos mais nobres, a despeito daqueles que Jesus disseminava em seu ministério cristão, a dizer, a prática da humildade, da cooperação entre os homens.

Olga Nobre
Enviado por Olga Nobre em 22/07/2016
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