Hector Babenco partiu

Está se fechando um ciclo, nas artes e nos costumes; e pouco podemos perceber a incidência da continuidade do enunciado "Cesse tudo que a antiga musa canta, que um valor mais alto se alevanta". Porque parece-me que os valores que ora se alevantam pouco fazem jus ao que, fatalmente, está terminando. Por isso, a cada um de nós, que nos dedicamos à arte, que desaparece, fica um vazio indescritível. E "o quanto pior, melhor", se alastra com uma desfaçatez de ferir as almas dos artistas e das almas sensíveis que os seguem. Cada vez mais temos de garimpar o passado, em busca de qualidade e aprofundar-nos mais para produzir o melhor. Nosso compromisso aumenta.