Amor, paz e boa consciência

Desta vez a finalidade é expressar um daqueles momentos que de tão simples e poderosos assemelham-se a um pequeno renascimento.

Ando preocupada com a ausência (ou a “falsificação”) do amor, o mundo grita por uma razão além da razão, por empatia, por algo maior que a nossa busca incessante pela felicidade. O amor se torna cada vez mais esquecido e quando lembrado, se torna algo doloroso e inquietante, porém, confusão e falta de paz, não são características do amor genuíno.

De tanto pensar, cheguei a uma questão: O que tem impedido a propagação do meu amor? Algo me veio ao coração com grande ímpeto, pois assim se apresentam os mascarados sentimentos naturais quando lavados pela luz... Assustam.

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Orgulho é um substantivo masculino com origem no termo catalão "orgull" que é uma característica de alguém que tem um conceito exagerado de si próprio. Também pode significar altivez, brio, pundonor, dignidade e soberba. A palavra orgulho pode ter uma conotação positiva ou negativa, dependendo do contexto e do sentimento que representa. É um termo pejorativo quando se refere a um sentimento excessivo de contentamento que uma pessoa tem a respeito de si mesma, de acordo com as suas características, qualidades e ações. Uma pessoa orgulhosa mostra altivez, soberba, vaidade, arrogância, podendo mesmo revelar desprezo em relação a outra pessoa. Neste caso, o antônimo de orgulho é humildade.*

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O amor de modo algum pode ser orgulhoso, pois o orgulho gera em nós um sentimento de justiça própria, impulsiona a busca pelos interesses próprios, pela proteção de uma imagem inalterável, pela demonstração de vitória constante, autossuficiência, obstinação, impermeabilidade e, não tão contraditoriamente, vitimização.

Não se pode servir a dois senhores, nem muito menos alimentar sentimentos contrários. Se a felicidade é caracterizada pelo sentimento de paz consigo, consequentemente, um coração orgulhoso não pertence a alguém feliz. Não há vitória maior do que uma boa consciência, uma mente livre de expectativas exacerbadas, um espírito marcado pela leveza de apenas ser, sem o compromisso de provar sua dignidade e seu valor a outros.

Não há relacionamento que dure quando o orgulho dita as regras. Somos falhos, temos defeitos e vícios que sempre retornamos a externar naturalmente (às vezes até mesmo contra a vontade), esses fazem parte da nossa combinação, pelo menos por algum tempo. Enquanto há convivência, suportamos e somos suportados em nossas características, quando o bem estar é priorizado, nos momentos oportunos a compaixão e o amor entram em prática e mesmo quando se é contrariado(a), decide-se pela paz, decisão essa que demanda renúncia de nossa razão, abstenção da nossa aparente imbatibilidade e muitas vezes, de algumas de nossas necessidades.

O orgulho é "pai" das pequenas vinganças, enegrece a alma e torna turva a visão, é sinceramente um péssimo guia para a nossa jornada. O amor é o que cura, é nobre, mesmo machucado abre mão de ferir**, é aquele abraço incondicional, que não age de acordo com as circunstâncias, que tem a consciência limpa, que só faz bem, humilde, que pouco se importa com retribuições, pois é o que é, sabe-se imensa e imperceptivelmente grande e ponto final.

* Fonte: www.significados.com.br

** “Nobre amor” por Naiara Ferreira

[Vide Mateus 5:39-42 e I Coríntios 13:4-7(Bíblia Sagrada)]