O mais puro possível

Entre uma passagem e outra, decidi que faria algo de diferente. Sei que ao longo da primeira poesia sempre depositei todo meu sentimento, mas essa é primeira vez que farei algo tão aberto, interrompendo todo meu processo literário. Abrindo meu coração de forma mais pura possível.

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Ao longo dos anos, sempre soube que existia uma luz no fundo do meu coração me esperando. As linhas do meu caderno e meus manuscritos já sabiam que um dia teria a chance de abrir novas portas. Há quase três anos, meu coração bateu mais forte com sua chegada. Tive a chance de ver meu paraíso por algum tempo, poder gritar: "esse dia chegou!". Era você que tanto esperei

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O tempo foi passando, eu realmente achei que estava perto e quando vi, caí num buraco bem profundo, vendo que tudo não passava de uma ilusão. Eu olhava para o alto e tudo que via era as estrelas dando um consolo enquanto chorava por me sentir tão perto e ao mesmo tempo longe. Lutava insistentemente, enfrentando todas as barreiras e pedras e - quando achei que consegui - você colocou uma estaca em meu peito, fazendo eu cair de novo.

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Enquanto vivia uma vida mecanizada, sendo obrigado a viver distante por obra do passado, olhava você sorrindo diante das câmeras, mas ao mesmo tempo sentia que havia um sofrimento. Minha intuição estava certa. Você sofreu. Enquanto uma flor venenosa enfiava espinhos, eu prometia todo meu amor, mesmo que tenha sido no escuro. Ela conseguiu, nós colocou dividido entre as paredes. Não tínhamos mais um retorno.

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Apesar de ter tido novos amores e experiências, você nunca da janela da minha casa. Nunca perdi a chance de olhar para as estrelas e pensar que um dia você poderia estar comigo. Todo meu ser continua guardado, pois ainda acredita que exista uma luz maior entre nossos corações. Eu sei que estás longe, com um certo alguém, mas meu amor sempre está cicatrizado, esperando o dia de você curá-lo com seu todo seu sorriso. E se dia você ler isso, que acho difícil, acredite, tudo é puro, tudo é verdadeiro.

Sofia do Itiberê
Enviado por Sofia do Itiberê em 12/11/2015
Reeditado em 12/11/2015
Código do texto: T5446001
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