somos responsáveis pelo que cativamos

“Eu conheço um planeta onde há um sujeito vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela. Nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão somas. E o dia todo repete como tu: “Eu sou um homem sério”! Eu sou um homem sério!" E isso o faz inchar-se de orgulho. Mas ele não é um homem; é um cogumelo!”

Muitos são os cogumelos que conhecemos. Outros, nem a cogumelos chegam ou chegarão, pois são especialistas em vampirização. Têm como princípio a "lei de Gerson" que versa ser preciso levar vantagem em tudo. Não possuem, sequer, objetivo louvável ou retidão de caráter. Supérfluos e egoicos demorarão muito a saber da profundidade do amor, da bondade sincera, da compaixão. Estão tão ocupados em serem alpinistas sociais, parasitas humanos que se deixam levar pelas leviandades efêmeras, o que só faz aumentar o seu débito para com a própria consciência - termo mais adequado seria incosnciência, uma vez que consciência é algo de que ainda não se deram conta.

Quanto a nós, pobres mortais altruístas, vamos seguindo assim feito o nosso pequeno príncipe, tentando aqui e acolá cuidar de nossa flor, tentando resguardar a flor do outro, pois sabemos muito bem da ação e da reação que rege o mundo, além de conhecermos o fato de que somos todos responsáveis por aquilo que cativamos.

Sol Galeano
Enviado por Sol Galeano em 22/08/2013
Reeditado em 22/08/2013
Código do texto: T4446272
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