férias...
E tudo que sentimos vamos escrevendo... Escrevemos amores, abraços, anseios, maus-tratos... Paixão, loucura, ternura, bravura... Erros, acertos, raiva, saudade... Tristeza, alegria, frieza, gentileza... arrependimentos, necessidades, carências, egoísmos... Feridas, lacunas, rancores, ardores... Sensualidade, infantilidades, rabiscos, rascunhos... E escrevemos, escrevemos, escrevemos... Respiramos em vírgulas, gritamos EM LETRAS MAIÚSCULAS, nos mostramos em ponto exclamativos, e nos perguntamos em interrogativos... Escrevendo tantas bobeiras, tantas utilidades até que morremos em um singelo ponto final...
... Mas três pontos finais são reticências, e algo por vir assim demonstra...
Só que um dia, além de viver o que escrevemos, o que lemos, precisamos ser presentes não só em letras, mas em corpo, sorrisos e lágrimas aqueles que nos amam. Aqueles que não exigem uma só vogal, mas a nossa presença, e nós mesmos exigimos que estejamos 100% disponíveis para eles... Neste momento, o papel deixa de ser algo que possamos talhar e guardar esses momentos, e passa a ser um mero papel sem rabiscos... Pois escolhemos viver em cada fração de segundo, determinado momento. As vezes de dor, as vezes de euforia, de alegria... de eterna alegria...
Por isso, deixo reticências, sem um ponto final...
férias...
Nova Iguaçu de Goiás 08/07/2013