No Banco da Praça!

No banco da praça quantas recordações!

Enquanto velhos corpos recostam no banco seu corpo já cansado pelo tempo em suas lembranças surgem às recordações: Das crianças que com sua pureza brincam e pisam na grama, sem ler o aviso “É PROIBIDO”, sem dar conta do dia de amanhã.

Recordações: Dos jovens namorados que se encontram apaixonados entre o perfume das flores, do beijo roubado, do aperto de dois corações que pulsam de amor, e andam de mãos dadas formando o par mais lindo da praça, esperando pelo futuro.

Recordações: Da fonte luminosa caindo suavemente, colorindo nosso pensamento às vezes já em preto e branco.

Recordações: Do coreto, da banda, do pipoqueiro, do algodão doce, do sorvete de chocolate, do riso e do choro das crianças sempre pedindo: ---Quero Mais...

Recordações: Dos velhos casais sentados no banco esperando pela renovação da paisagem de sua vida, uns porque venceram, outros por não terem vencidos, mas ambos transbordam experiências, dos velhos que com alma de criança esperam pelo fim de um grande começo.

Recordações: Das noites estreladas, da lua que é dos namorados, do primeiro amor, das confidências e juras de amor eterno, das desilusões, das amizades, praça dos sonhos, das paqueras, dos encontros proibidos e até das brigas e reconciliações.

De mãos trêmulas que ousam colher uma flor para ofertar todo tímido ao seu amor...

Praça você é como uma pequenina concha que abriga: crianças, jovens, velhos, ricos ou pobres, sem preconceitos ou formalidades, nos recolhe como chegamos: bem vestidos ou maltrapilhos, pés no chão, ou calçados, limpos ou sujos, cansados pelo trabalho ou desocupados para o lazer ou para meditar.

Que bom que a Praça é de todos nós!!!

Maripenna
Enviado por Maripenna em 07/06/2013
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