Atualmente, percebemos claramente a disputa entre duas fortes tendências comportamentais para o futuro.
De um lado existe a cada vez maior maquinização ou reificaçã
o dos citadinos, pelo estresse, pela incessante sobrecarga de tarefas e compromissos e pelas obrigações escravizantes em favor de um voraz sistema sanguessuga de energias humanas, principalmente as energias laboral e financeira. Isso costuma induzir a crises e surtos de cortisona e de adrenalina, que, por sua vez, enfraquecem o sistema de defesa imunológico contra doenças em geral, com ênfase nas disfunções cerebrais e mentais.
Por outro lado, debate-se heroicamente uma proposta de retorno ao eterno evoluir natural da própria hominalidade, que agoniza e jaz meio sufocada dentro de cada citadino. Esse traço único, que nos caracteriza como seres especiais na cadeia evolutiva, vive à espera de uma atenção maior, para realimentação dos velhos sonhos, da ingênua e inseparável esperança de dias melhores do ponto de vista ético, social e supra-afetivo para todos.
 
O mais urgente agora, durante as atuais sacudidelas desintoxicantes do intestino planetário, e frente aos grandes leviatãs cronofágicos desta intertemporaneidade, quando tudo é para ontem e para consumo, ingestão, digestão e congestão irrefreadas, é cada um se conscientizar e se projetar consciencialmente para o tempo transfuturo. Antecipar o futuro para o presente. Para isso, mister se faz reviver o tempo de criança ainda disponível no passado da nossa caixa de memórias, doido para molecar com o estressado, intoxicado e apressado tempo presente, que no fundo reclama pela paz do coração e do íleo.
Ou seja, é melhor voltar em parte agora para uma vida natural e simples, para poder estar inteiro depois, mais saudável, mais integral, e para ver de uma forma mais translúcida o que vem por aí.
Nunca perdemos de todo nossa naturalidade e nossa infância pura e simples.
O bom futuro e também o transfuturo (após ter baixado a poeira transicional planetária), em nível de saúde e de paz multicorporal, está no passado eterno, rico e brincalhão que ainda podemos presentificar. O futuro do presente de cada um depende disso para ser perfeito, para ser deveras um lindo dia.
Mente humanitária sã, corpo planetário são. E cada um de nós é uma célula deste grande corpo. Cada um em particular pode contribuir para a melhoria do todo, retomando aquele sonho de criança de ser, de alguma forma, um super-herói salvador da humanidade, agora como integrante de uma plêiade de seres fantásticos e poderosos. Para isso basta ajudar e ajudar-se e cuidar e cuidar-se, enquanto ocorre a macrodesintoxicação global.
 
[E aí? Qual tendência há de imperar amanhã? Você decide. É. Que o mundo desabe sobre nós: amemo-nos! Não importa tanto a alta pressão arterial das veias corporativistas. O que mais importa é nos mantermos em paz interior e vivermos com alegria, para que nossos números diastólico e sistólico mantenham-se ideais, quer na pressão sanguínea, quer na pressão emocional, não só nos nossos corpos físicos humanos, mas também no corpo planetário. Não podemos perder nossa dignidade como pessoas humanas, nem podemos deixar o planeta perder a sua e ser abandonado às moscas.
Não podemos nos deixar levar, muito menos cair por nós mesmos. Ainda que a pressão dos poderosos nos esmague a cabeça e achate nossos corpos, que nossa alma continue inteira e de pé.]
 
****
 
Embora não sendo um escritor apocalíptico, eu, particularmente, acredito nas grandes mudanças vibracionais multianunciadas para o planeta Terra nas próximas décadas, oriundas não de iniciativas macropolíticas, muito menos macroeconômicas, mas da fatores reais de poder cósmico e inexorável. Isso depois dos atuais conflitos multifrontais, cataclismas, tragédias climáticas e outros baques (aparentemente) caóticos. [A tendência é se intensificarem muitos valores nevrálgicos da sociedade, como as esquizofrenias, as epidemias de toda sorte e os conflitos. Mas, há outra tendência também, de âmbito mundial, que vem se evidenciando mais e mais: a solidariedade, os gestos de altruísmo, novas reflexões intelectuais acerca da ética, da moralidade e da preservação ambiental. Boas energias invadem todos os ambientes sociais. Há toda sorte de caminhos a escolher e a abrigar os que procuram um ou outro nível de vibração. Quem busca se engajar em correntes de pensamento e de ação vibratorialmente superiores, com alegria e entusiasmo, tem tudo para alcançar mais vitalidade e saúde, especialmente nesta fase de reforma íntima do planeta e seus inevitáveis expurgos gripais, inclusive de sujeiras milenares vindas de debaixo do tapete. Fluxos de serotonina e de endorfina são a tônica que ativam sentimentos nobres e pacificadores, e estes, quando habitualizados, induzem a uma saúde multinivelar e a uma espécie de vacina reforçadora do sistema de defesa imunológico e do sistema de defesa espiritual.]
 
Tão importante quanto estar no templo de oração ou de meditação, é estar levando um templo de paz e de amor dentro de si, para compartilhar com as pessoas humanas lá fora, ainda que sem perder a seguinte perspectiva provocada por Jung:
 
"Que eu faça um mendigo sentar-se à minha mesa, que eu perdoe aquele que me ofende, e que eu me esforce por amar, inclusive o meu inimigo, em nome de Cristo.
Tudo isto, naturalmente, não deixa de ser uma grande virtude.
O que faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo que faço.
Mas o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor, o mais miserável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside cada um dentro de mim, que sou eu mesmo quem precisa da esmola da minha bondade, e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?"(Em "The Collected Works of CG Jung" - volume XI, pag. 520)
 
Muitos dizem que nada mudou, que os escândalos atuais e todo o caos reinante na nossa contemporaneidade sempre existiram e sempre existirão e que apenas não eram divulgados como são hoje. É, no mínimo, uma falta de visão socio-histórica e estatístico-histórica.
Durante essa fase de grandes mudanças climáticas, geológicas e morais pelas quais passa o planeta em seu aspecto físico e em seu aspecto espiritual, impõem-se-nos posições mais claras e mais bem definidas no que se refere aos padrões de pensamento e de hábitos de higiene fisiocerebral. A saúde integral, hoje, depende muito mais desses padrões do que simplesmente de práticas exógenas de regimes, dietas, planos alimentares e comportamentos ascetas, moralistas e igrejísticos.

Josenilton kaj Madragoa
Enviado por Josenilton kaj Madragoa em 16/01/2011
Código do texto: T2732755
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.