Um Planeta Feliz

Estou lendo um livro que me deixou a pensar... a refletir MESMO sobre nosso modo de viver, de se organizar... sobre nossa sociedade e valores.

Num primeiro momento, o livro me pareceu produto de uma imaginação “beeeem” fértil; mas, me divertindo, resolvi continuar a leitura para ver para onde a história iria “caminhar”.

Num segundo momento me pareceu tudo uma grande utopia... mas enfim veio o terceiro momento, e foi então que me perguntei: “Por que não?”

O livro em questão chama-se “A Vida no Planeta Feliz”, de Elifas Alves (espírito Euríclees Formiga). Trata-se de uma obra psicografada contando a história do grande músico Johann Sebastian Bach. Mas não a história que conhecemos aqui da Terra, sua biografia... Não! Esse livro nos conta a história que veio depois de sua morte. Como foi sua vida na erraticidade na condição de desencarnado, e posteriormente, seu novo renascimento em um satélite do planeta Júpiter.

Confesso que lendo este livro, fiquei com muita vontade de nascer em Júpiter também! (rsrs). Mas foi aí que começou minha reflexão... “Será que tenho merecimento para isso?”

Vejamos, para nascer em Júpiter – ou em um satélite de Júpiter – é necessário, conforme informações do livro já citado, o indivíduo possuir adiantado desenvolvimento MORAL. Afinal, a sociedade de lá tem uma organização muito diferente da nossa...

Lá, cada indivíduo já nasce com uma missão, algo predestinado a realizar... uma área específica para atuar. (Ops, penso que aqui na Terra também é assim, não é?)

A diferença está no fato de que este indivíduo vai receber todo o estímulo e recursos necessários para realizar sua missão. Para se preparar, se profissionalizar... e atuar da melhor maneira possível. E foi nesse ponto que senti a maior inveja – “inveja branca”, se é que existe... Vejam só que maravilha, ser uma pessoa bem resolvida, sabendo exatamente qual é seu papel no mundo!

E lá, conforme o livro, não há necessidade de trabalhar por salário, por dinheiro... até porque DINHEIRO NÃO EXISTE! Mesmo assim, mesmo sem estímulos financeiros, TODOS trabalham! E o melhor: trabalham naquilo que realmente desejam, naquilo que sentem satisfação... naquilo para o qual foram predestinados.

Eles trabalham porque querem contribuir com a sociedade. Afinal, para serem servidos, eles sabem que também é necessário servir. Apenas isso: “servir”. Usar de seus dons e talentos e dar sua contribuição...

Como o dinheiro não existe, também não há diferenças sociais provocadas por questões financeiras. Ou seja, NÃO HÁ PROBLEMAS FINANCEIROS! Ninguém vai dormir pensando nas contas a pagar, no cartão de crédito estourado, no limite do banco que foi reparcelado... Ninguém perde o sono por faltar “grana” para pôr comida na mesa para um filho; ou deixa de comprar um remédio ao ente querido que está enfermo... e foi aí que comecei a entender o título do livro: “A Vida no Planeta FELIZ”.

Referente ao governo (aos políticos...), alguns indivíduos assumem essa posição, mas não por ganância, poder, status... claro que não! Eles assumem cargos no governo porque são INDICADOS por seu alto grau de conhecimento, por sua COMPETÊNCIA e seu desenvolvimento moral adiantado. Eles assumem esses cargos porque querem representar pessoas, servir pessoas... “servir”!

E ser um governante ou um músico ou um professor não tem diferença nenhuma, pois entre os habitantes de Júpiter já há o entendimento de que todas as profissões tem sua importância! E o principal, todos atuam para contribuir... e não para tirar benefício próprio.

Nada falta a ninguém... todos têm a oportunidade de se realizar fazendo aquilo que querem e levando uma vida com dignidade independente da área que escolheram... não é preciso escolher profissões “melhor remuneradas”... Não! Lá não há essa preocupação... você é o que deseja ser. Simples assim!

Quanto à alimentação do povo de Júpiter, comenta o livro que é a mais saudável possível, composta principalmente por frutas. Lá ninguém se enche de gordura mesmo sabendo que isso vai prejudicar seu veículo físico – o corpo. Claro que não! Todo cidadão de Júpiter já sabe da importância de cuidar deste veículo, pois é através dele que será possível a vida na esfera física; e que é através desta vida encarnada que poderão ter experiências que virão a contribuir ainda mais com seu desenvolvimento moral.

Vemos ainda no livro que essa alimentação saudável já contribui para que não haja tanto sofrimento com doenças causadas por má alimentação, como vemos por aqui... Ou seja, maior responsabilidade quanto a si e seu modo de viver é igual a uma vida com menos problemas... uma vida mais feliz!

Ainda não terminei de ler o livro, mas faltam poucas páginas... se é tudo ‘verdade’ ou apenas uma história bem contada buscando convencer... que diferença faz??? O mais importante é a MENSAGEM que o livro nos deixa.

Entendo que nosso planeta Terra também poderia ser um planeta feliz. Não existe nada de diferente, fora do nosso alcance... mas para isso seria preciso cada um de nós rever seus atos, pensamentos, modo de viver e conviver em sociedade... “Reforma íntima” seria a expressão correta.

Há quem diga que nosso planeta passa por uma transformação... dizem que vivemos tempos onde está acontecendo “um despertar” de nossa civilização, preparando o caminho para tempos mais felizes. Então, em vez de pensarmos em 2012 – ou qualquer outra data que inventem – como tragédias, catástrofes ambientais, morte e destruição... por que não pensar numa grande transformação? Uma transformação de mentes e corações, uma elevação moral do ser humano...?

E é aí que a história do livro faz sentido para mim. Segundo minha pesquisa, o músico Johann Sebastian Bach morreu em 1750; e se ele e outros espíritos naquela época já haviam alcançado um outro patamar em seu desenvolvimento moral, nada mais natural do que serem encaminhados a locais condizentes com seu “padrão vibratório”, com seu modo de agir, pensar e viver, não é mesmo? Afinal, naquela época o planeta Terra ainda estava longe de ser um “planeta feliz”...

Mas hoje vivemos outros tempos... será que já não é hora de mudarmos, de reavaliarmos nossa posição NESTE mundo e transformarmos nossas vidas trazendo mais felicidade a todos? Ou será preciso continuarmos “viajando” para outros locais mais felizes, quando tivermos merecimento?

Jesus disse que “os mansos herdariam a terra”. Isso me faz pensar que nosso planeta em algum momento será promovido – de planeta de provas e expiações a planeta feliz. Mas fica aqui a pergunta: será que nós seremos seus herdeiros? O que estamos fazendo HOJE para herdarmos esta futura Terra feliz?

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Obs: o livro citado NÃO é um dos melhores livros que já li... realmente não é. Está cheio de erros de grafia, de concordância... mesmo assim - e mesmo que seja tudo imaginação - já VALEU pela mensagem, e é por isso escrevo esse artigo, no intuito de levar esta mensagem e reflexão a mais pessoas.

Deixo aqui um link com uma música de Bach...

http://www.youtube.com/watch?v=S6yuR8efotI

Lady J
Enviado por Lady J em 18/12/2010
Reeditado em 22/12/2010
Código do texto: T2678314
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