Questão de fé
O menino corria e parou cansado, ofegante mesmo, com um olhar assustado apontando em todas as direções. Devia ter no máximo treze anos, boné e roupas desbotadas trajava com somente um par de tênis, onde o pé descalço tinha o dedão sangrando na unha, tipo quando se chuta o chão numa quadra de futebol de salão.
Não descansou nem por dez segundos e retornou a sua correria, pois o motivo de sua agonia atual reaparecera no seu raio de visão, babando e com os dentes à mostra. Concordo com o menino, no seu lugar eu fugiria também...
O garoto do boné perdia espaço para o seu perseguidor e para completar sua total falta de sorte, tropeçou numa elevação natural encoberta pelo mato alto no bosque, talvez um cupinzeiro, vindo a aterrissar duramente próximo a um tronco grosso caído na mata. A noite era sem lua e o menino rastejou tateando em busca de apoio para se levantar, esbarrando enfim num tronco. Estava pronto para reiniciar sua fuga, mas era tarde demais, acabou percebendo.
O mostro, como que visualizando a vitória esperada, diminuiu a marcha para passadas lentas, encarando a vítima com um sorriso quase humano na face e o menino, aterrorizado, mais num puro reflexo do que qualquer outra coisa, prostrou-se de joelhos e iniciou uma oração rezando baixinho com os olhos fechados, apertados com força, aguardando o fim.
Alguns segundos silenciosos se passaram e tomado agora de nova coragem, ele abriu os olhos para maravilhosamente descobrir que a fera, agindo em total simetria, também se ajoelhara há alguns metros de distância, com as garras juntas ao peito peludo.
O menino, boquiaberto pelo milagre, começou uma nova oração dando graças por ter a vida salva...
... enquanto a fera, de uma educação e fé muito amplas segundo suas origens, terminava também sua oração feita em agradecimento pela refeição que iria fazer.
Moral da história:
“Não deixe para lembrar de sua fé somente nos momentos de necessidade!”
===============================
Clique abaixo para ler outra mensagem:
Antes do fim!
Abraços!
O menino corria e parou cansado, ofegante mesmo, com um olhar assustado apontando em todas as direções. Devia ter no máximo treze anos, boné e roupas desbotadas trajava com somente um par de tênis, onde o pé descalço tinha o dedão sangrando na unha, tipo quando se chuta o chão numa quadra de futebol de salão.
Não descansou nem por dez segundos e retornou a sua correria, pois o motivo de sua agonia atual reaparecera no seu raio de visão, babando e com os dentes à mostra. Concordo com o menino, no seu lugar eu fugiria também...
O garoto do boné perdia espaço para o seu perseguidor e para completar sua total falta de sorte, tropeçou numa elevação natural encoberta pelo mato alto no bosque, talvez um cupinzeiro, vindo a aterrissar duramente próximo a um tronco grosso caído na mata. A noite era sem lua e o menino rastejou tateando em busca de apoio para se levantar, esbarrando enfim num tronco. Estava pronto para reiniciar sua fuga, mas era tarde demais, acabou percebendo.
O mostro, como que visualizando a vitória esperada, diminuiu a marcha para passadas lentas, encarando a vítima com um sorriso quase humano na face e o menino, aterrorizado, mais num puro reflexo do que qualquer outra coisa, prostrou-se de joelhos e iniciou uma oração rezando baixinho com os olhos fechados, apertados com força, aguardando o fim.
Alguns segundos silenciosos se passaram e tomado agora de nova coragem, ele abriu os olhos para maravilhosamente descobrir que a fera, agindo em total simetria, também se ajoelhara há alguns metros de distância, com as garras juntas ao peito peludo.
O menino, boquiaberto pelo milagre, começou uma nova oração dando graças por ter a vida salva...
... enquanto a fera, de uma educação e fé muito amplas segundo suas origens, terminava também sua oração feita em agradecimento pela refeição que iria fazer.
Moral da história:
“Não deixe para lembrar de sua fé somente nos momentos de necessidade!”
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Abraços!