PARA O BEM DA HUMANIDADE!

Nadir Silveira Dias

Lula da Silva ao defender a soberania dos povos e o direito da Bolívia de nacionalizar o gás natural boliviano comete ao menos duas grandes asneiras.

Primeira: Não é o Presidente da Bolívia. É preciso que a diplomacia brasileira o avise disso. É o Presidente do Brasil. Não é pago - ao que se saiba - pelos bolivianos, mas por todos os brasileiros muitos dos quais são reféns dos programas bolsa família ou do fome zero.

Segunda: Para quem pretendia obter apoio para ocupação de cadeira nas Nações Unidas com custo de mais seiscentos milhões para os brasileiros, entre perdão de dívidas do Gabão, Bolívia e outros tantos países, o seu resultado, sem sombra de dúvida, é enormemente - grandiosamente – pífio.

Ou seja, nada obteve com a sua política externa de cunho ideológico. Não sabe ele que política externa precisa ser feita sem a contaminação do governo da vez. Vale lembrar que até os regimes militares que ele condenava sabiam disso!

De qualquer forma, tem pesquisas calcadas exatamente nesses programas enquanto os outros todos – mais eles próprios, em menor proporção – pagam a conta de suas ações, inclusive dos ternos Armani que veste cada dia um diferente.

Ao proceder assim Lula da Silva coloca-se – por assim dizer – como o Presidente da América do Sul, um cargo até agora inexistente de fato e de direito. Ao cargo de fato, no entanto, ele, Lula, com a sua ação, parece estar a ocupar. Mas onde é que estamos? Aonde nos levarão essas suas ações?

A não ser que esteja pensando em ser o Presidente da América Latina? Ou Presidente das Três Américas?

Hipóteses em que as suas ações estariam a guardar correta consonância e coerente agir.

De qualquer modo, ninguém pode apoiar ações contrárias aos interesses dos brasileiros, inclusive em relação ao quase um bilhão e meio de dólares aplicados na Bolívia – gasoduto e investimentos da Petrobrás – para o proselitismo do nosso Presidente da República.

Aliás, tanto o Gasoduto Brasil-Bolívia – GASBOL, quanto Itaipu, ainda não passam pelo crivo da minha mínima inteligência: Nós brasileiros pagamos a construção para gerar fonte de receita para os outros países?

Quem paga construções ou edificações ou obras de grande envergadura para gerar receita para o Brasil?

Para que não passe em branco: Todo o Poder Público – municípios, estados-membros, países – podem nacionalizar, encampar, expropriar, desapropriar, podem fazer qualquer coisa, mas DEVEM INDENIZAR até o último centavo aplicados, pois ninguém invadiu nenhum país, estado-membro ou município para instalar isto ou aquilo. Todos esses atos decorrem de contratos, tratados ou acordos que precisam ser respeitados.

Para o bem da humanidade!

Escritor e Jurista – nadirsdias@yahoo.com.br

Nadir Silveira Dias
Enviado por Nadir Silveira Dias em 11/05/2006
Código do texto: T154212
Classificação de conteúdo: seguro