ESPIRITUAL OU ESPIRITUALISTA - parte um

Parte Um

ESPIRITUAL OU ESPIRITUALISTA?

Ao se tratar de coisas concernentes ao mundo espiritual, a possibilidade de discernimento somente se torna possível ao que pode compreender a origem do bem e do mal. É mais fácil dizer que em Deus está o bem, porque Deus é essencialmente bom, e o mal? Teria Deus criado o mal? Como entender esse paradoxo? Com certeza, pelo menos, não há em como se escusar que a duas coisas coexistem, uma paralela à outra. O homem está tanto para o bem quanto para o mal. O enigma do mal é um grande desafio. Alguém poderia dizer: o mal tem sua origem no momento da sua presença do Diabo no jardim do Édem. Então o Diabo foi criado por Deus. Sim, era o anjo de luz – Lúcifer ou Satanás, foi criado como ser espiritual, para que pudesse ter comunhão direta com Deus. Mas, ele caiu, e tornou-se o cabeça dos poderes das trevas. Sua queda apenas desfaz o relacionamento correto com Deus. Ele e outros anjos se rebelaram contra Deus, e por isso foram expulsos do céu, tendo sido jogados na terra. O Diabo, ou Satanás, ou a serpente, surgem no jardim do Éden momento em que o casal passeava pelo jardim. Comer do fruto proibido não era causa maior, o problema foi a desobediência a Deus. Como o homem não era um robô, mas um ser inteligente e livre, Deus havia colocado uma condição: “...desta árvore não comereis... é certo se dela comeres, morrereis”. O anjo, inimigo de Deus, Satanás, persuadiu o casal com uma mentira: “...é certo que não morrereis...”, dele comendo, “...sereis conhecedores do bem e do mal”. É bom afirmar que, a Bíblia não quer fazer prova à luz da razão pura e simples, e nem está sujeita a ser julgada pela sabedoria humana. A Bíblia é um Livro de Revelação dos propósitos de Deus ao homem. A Bíblia não quer explicar Deus. Ninguém explica Deus, a sua própria Palavra já afirma que: “ninguém viu a Deus.” E quando interrogado, a resposta encerra a razão: “Eu Sou!” fala contigo. É mais do evidente que a criatura não tem como explicar o Criador. Por tal razão, o ser humano tem fé e demais atributos que o aproximam da natureza divina. O Testamento deixado por Deus o revela nas suas manifestações no Antigo Testamento (teofanias) e por último, mostrando a sua cara, revelando-se através do Filho Jesus Cristo. Todas essas assertivas para auxiliar na identificação do que chamamos de “o homem espiritual”, como sendo este que conhece a sua origem sendo capaz de discernir o espírito do bem que está em Deus, e o espírito do mal que está em Satanás. Sendo sabedor de que o espírito do mal luta por se opor ao espírito do bem, “o homem espiritual” se torna capaz de não se deixar enganar, uma vez estando em comunhão com o Espírito Santo de Deus por quem se orienta para a vida temporal e a vida eterna prometida a toda aquele que nele crê (João 3.16). Quem é o espiritualista? Aqueles que constroem uma Filosofia de vida embasada por suas suposições pessoais; admitem que há “um ser” superior, ou uma “energia”, e muitos são aqueles que a própria história construída tem mostrado terem sido homens de grande saber, sendo, portanto, venerados, a pretextos de terem sido bondosos, amorosos, tendo oferecido boas Filosofias de vida ao agrado de “um ente-supremo” existente ao acaso. Dentre centenas de milhares, Jesus surge como “O Mestre dos Mestres”, mas não como o Salvador – o único propiciador da salvação. Desta forma, é um caminho aberto para todos os tipos de manifestações religiosas -basta ser bom – basta fazer boas obras. Isto não é a verdade mostrada pelos Evangelhos – Boas Novas de Salvação. O espiritualista não tem endereço para sua fé – permanecem engodado crendo que: “todos os caminhos levam a Deus”. Fosse assim, Jesus não teria dito: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai a não ser por mim”. O espírito do homem ainda existe, mas se acha separado de Deus, sem poder ter comunhão com Deus. Podemos dizer que, espiritualmente falando, o homem está morto. A regeneração só pode ser possível através de Cristo. Essa regeneração concede ao homem um novo espírito, e, também vivifica o seu espírito. “Porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” (Ez 36.26-27). Do barro, Deus deu o folego de vida, era o pneuma – como afirmara Aristóteles, o poder formativo, o embrião que paulatinamente produziu o indivíduo maduro, vindo a alma que controlava o corpo. Foi assim desde o início, e essa condição de dar um espírito novo, o Deus que dá vida, está propiciando ao homem por intermédio de Cristo. Na Filosofia estóica, por sua vez pneuma adotou funções do psyquê no que diz respeito aos sentidos e ao pensamento e a fala. Plutarco e outros, empregaram o termo epipnoia (inspiração). No livro de Atos 18.25, pneuma pode referir-se ao Espírito Santo. A vida de Jesus começou com a ação do Espírito Santo na vida e em seu ministério. Portanto, cumpriu-se em Jesus a obra redentora de Deus. Assim, a todos que o receberem, terão o sopro do seu Espírito Santo e serem regenerados por graça e misericórdia provinda de Deus. Assim crê e por estas revelações vive o homem espiritual – ele sabe o endereço de comunhão com o Criador, ele crê no galardoador da salvação e vida eterna, sendo ele a boia da salvação, a ponte de ligação com Deus. O homem espiritualista, pode até admitir a existência de um ente-supremo, pode até acreditar na força do bem e do mal como sendo uma “energia” positiva ou “energia negativa”, pode construir as melhores Filosofias de vida, ser crido e aprovado. No entanto, mesmo que, por todos os seus méritos pessoais, por mais que tenha adentrado ao psiquê e desvendado todos os sentidos da fala e do pensamento humano, jamais verá a Deus. Espiritual ou Espiritualista? (até o próximo capítulo)

08\03\2021