Avaliação sincera

Uma avaliação sincera das motivações das minhas múltiplas escolhas

Na casa dos meus 62 anos caiu uma “ficha”... Quer queira ou não, minha história é uma trajetória que já ultrapassou mais de meio século de vida. Refletindo sobre as minhas idas e vindas pela vida na caminhada de hoje, ontem, e de antes de ontem; surgiu em mim uma profunda consciência de saber mais a respeito de mim, visto que quando a gente passa pela vida, é necessário de vez em quando fazer avaliações do trajeto percorrido.

Disse o pensador Sócrates: “Uma vida sem avaliações não é digna de ser vivida”. Um dos primeiros e grandes questionamentos que fiz e faço foi: As coisas que fiz porque fiz? A segunda pergunta que faço pra mim mesmo foi: Qual foi a essência motivacional que me fez fazer o que fiz? E a terceira e ultima pergunta dessa reflexão: Oque planejo fazer nessa próxima etapa final de minha vida?

Descobri em minhas sinceras avaliações subjetivas o seguinte: Respondendo a primeira pergunta; As coisas que fiz porque fiz? Fazer o que fiz foi porque resolvi seguir a minha intuição racional, pelas percepções que criei da fé em seguir Jesus e o Seu evangelho. A segunda pergunta: Qual a essência motivacional que me fez fazer oque fez? Toda a minha motivação brotou da essência do amor que experimentei de Deus em mim. É claro, no ardor da juventude, o desejo de conquistar e vencer os desafios que escolhi me fizeram cometer erros) mas, sempre querendo acertar.

Isso me fez ter oscilações no meu trajeto. Essas vertigens que todos sofrem por causa das efemeridades e fraquezas na caminhada de todos os impulsiona a tomar decisões erradas dentro dessas escolhas no mínimo equivocadas. No meu caso especifico, as minhas motivações para escolher o que escolhi trouxeram a reboque consequências do que fiz para aprender a partir dos acertos e erros dessas ações.

Escolhas são como sementes semeadas no chão da vontade, você planta você colhe. Mas quero dar referencias das escolhas acertadas e de múltiplos equívocos. Respondendo a primeira pergunta: Fiz o que fiz porque quis; porque através dos experimentos da minha fé, recebi algo novo dentro de mim. Através da minha experiência pessoal com Deus; aprendi que poderia melhorar outras pessoas que me ouvissem ao motivar elas a buscar as mesmas experiências que tive com Jesus.

Agora vem a segunda resposta, a mais difícil, isso porque a volição do coração sempre se adequa múltiplas motivações dessas escolhas. Descobri através de uma profunda avaliação que: a essência de minhas ações sempre foi: Jesus e o Seu Reino. Uma vez dentro dessas conclusões devem me posicionar para a reta final da maratona da minha vida sem perder minha essência maior da minha motivação em evangelizar.

Aprendi que a vida é maratona, não como você começa que se torna um vencedor, mas sim como termina, e o importante não é chegar a primeiro lugar, mas sim ao final da corrida. Primeiro segundo ou terceiro lugar é consequência de treinos e praticas... Não importa. Não desistir de correr... Esse é o ideal. O importante é chegar à final e não desistir nunca, Eis ai um grande problema; Entre muitas coisas que aprendi a partir das escolhas acertadas que fiz foi auto educar-me através de leituras e estudos.

Nesse afã de se envolver e de conhecer mais e mais, aconteceu uma evolução em mim em tudo que estudei. Para tirar a conclusão de minhas escolhas que julgo erradas uma delas foi a seguinte: Errei, por desconhecer as verdades que sei hoje. Arrependo-me? É claro que sim. Não pretendo em nenhum momento de minha vida daqui por diante retroceder um milímetro diante de minhas escolhas erradas.

Para manter esse prumo, as minhas avaliações a partir de agora deverão ser diárias. Descobri nesse autoconhecimento que se deve falar o muito que se sabe para poucos e o pouco do conhecimento adquirido para muitos. Nesse sentido é necessário se manter como uma represa em busca dos poucos e abrindo as comportas na medida em que se identificam os muitos chamados e os poucos escolhidos como disse Jesus.

Deixe-me salientar que: Não se trata de ser exclusivista ao dar prioridade para muitos ou ignorar por preconceito aos que sabem pouco. Mas sim de dar doses homeopáticas, pois sei que tenho que aprender sem ser arrogante com quem sabe pouco e submissão da vontade sendo humilde para reconhecer quem sabe muito. Tenho certeza que não sou fonte, mas canal. Eu sei qual é a fonte.

Nessa “represa” Ela contém água. Recebo dela todo dia e na medida em que chega a meu reservatório mental, vou distribuindo aos pouquinhos em bocadinhos aos muitos. Se fizer isso, manterei o foco maior de minha existência, para ser canal, para aqueles que desejam evoluir cada vez mais no conhecimento de si mesmos e ao mesmo tempo aprendendo com aqueles que de mim se aproximam.

Respondendo de forma conclusiva a ultima pergunta: Não farei escolhas que outrora fiz e que e que foram erradas, e se além de mim prejudiquei outros peço perdão. Farei escolhas doravante que contribuirão para a minha evolução mental e espiritual e continuarei fazendo o que minha consciência diz de acordo com a essência motivacional que mantenho desde o inicio de minha peregrinação.

Sem mágoas ou ressentimentos e sempre pedindo perdão pelos males que atingiram aqueles ao meu lado pelos respingos de minhas escolhas erradas. Que Deus me ajude a continuar a ser canal; que não tenha entulhos nas vias de acesso desse trajeto da Fonte até mim e obtenha mais conhecimento para continuar nos restos dos meus dias sendo eu quem Deus quer que eu seja para mostrar quem Ele é.

Quero ser apenas um meio, para alcançar um fim, canalizar as águas da vida que veem da fonte como disse Jesus a mulher Samaritana no poço de Sícar: “Aquele que crer em mim, rios de água viva fluirão do seu interior”.

Pedro Luiz Almeida