A Rosa de Duas Mil Pétalas (The Rose Two Thousand Petals)

Eu aprendi.

Aprendi que nem sempre querer é sinal de que merecemos.

Que gostar do outro não significa que gostamos de nós mesmos, e que isso impede nosso valor recíproco.

Aprendi que a necessidade de atenção é igual no coração da criança e também do velho, que vê no tempo que passa menos humildade.

Eu aprendi que num instante breve ficamos furiosos, e no mesmo instante tudo que pensávamos ser verdadeiro para o nosso ego se torna fútil, e vergonhoso.

Que olhar nos olhos de uma mulher pode querer dizer muito, ou nada, depende de quem continuar olhando.

Eu aprendi que as palavras são poderosas e capazes de estraçalhar o coração dos incautos, mas essas mesmas palavras se faladas com doçura e respeito torna saudável qualquer diálogo entre inimigos.

Eu aprendi que a falta de sabedoria nem sempre quer dizer que o outro está errado.

Aprendi que os sonhos são possíveis e maravilhosos, mas deixar de sonhar melancoliza aquela expectativa boa que depositavam no nosso futuro.

Eu aprendi que tudo na vida tem um propósito menos a preguiça.

Aprendi que acordar ao lado de quem amamos é inegociável e sagrado.

Que dizer a uma criança o quanto ela é perfeita não significa que Deus vê em nós desonestidade e maldade, as crianças existem para serem abençoadas pela boca de toda humanidade.

Eu aprendi que chorar mostra o quanto nos aproximamos da verdade da vida, e que a felicidade também fala pelas lágrimas.

Aprendi que nada em nós é tão importante quanto um abraço, mesmo que esse abraço, seja de um adeus.

Que na vida tudo tem um sentido claro e simples, e por mais que a vida não signifique nada para alguns, ela ainda assim é importante e santa.

Aprendi que amar uma mulher é lindo e que fazer desse sentimento algo frutífero gerará a felicidade para ambas as famílias.

Aprendi que se irar com as derrotas é compreensível, mas nada te dar o direito de derramar sangue inocente.

Que gostar do outro nas riquezas e desfrutar de suas comodidades é prazeroso, mas que compartilhar da mesa da pobreza prova na fornalha um coração puro.

Aprendi que as dores são ferozes numa pessoa apaixonada, apesar disso a paixão tem um prazo para atenuar todo o fervor da juventude.

Que os pais sonham com um futuro de realizações para os filhos, e esses filhos nem sempre dão ouvidos a esses sonhos, mas alguns filhos ainda se atrevem a darem alegrias a esses mesmos pais.

Que há guerra na mente pelo que pensamos ser honesto, verdadeiro, nobre, puro, belo, feio, sagrado e espúrio e que caminhar na direção do que Deus espera de nós é a única solução para todas as criaturas.

Que as palavras curam e aliviam as chagas da alma, mesmo assim nem todo mundo espera de nós ouvir adulação chula, e falsa.

Que o estudo abre portas para o hoje nos preparando disciplinarmente para o amanhã, mas, o caráter escancara o oásis de todo conhecimento de quem fez as escolhas de tratar bem sua personalidade de humilde estudante da humanidade.

Que Deus espera de nós obediência, mas não estultícia afã.

Que o sacrifício por aquilo que acreditamos é importante, mas, jamais, deve-se abusar dos limites, eles trabalham nossas fraquezas, e num determinado ponto será possível.

Que Deus se importa conosco e nos ama com amor inefável e é nosso dever propagar isto.

Aprendi que a preguiça é um câncer e que a murmuração vicia, mas a alegria é a causa das aventuranças daqueles que querem ser heróis.

Que Deus contempla os maus e os bons, menos os que querem ser mortos.

Que tudo na vida tem sua importância desde o mais simples pardal solitário nos telhados, ao mais grandioso elefante nas savanas. Deus nunca moldou algo reciclável.

Que os sonhos são possíveis, são sagrados, são profundos, são únicos, são belos, são fantásticos e que jamais a eles devemos abandonar nos lixões da incredulidade.

Que os sonhos são de todos nós, os sonhos são imortais, os sonhos quando buscados, batalhados, conquistados colore o espírito nos ensinando a essência dos desbravadores dos infinitos horizontes.

Eu aprendi que mesmo faltando cuidado e responsabilidade pela vida, pela existência bendita, somente a ação honesta, e cheia de limpo coração, salvará os seres de se entregarem ao obscuro da solidão. E perdoando a si mesmo teremos dias de transbordante inspiração para uma família em Deus que cuida.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 16/11/2015
Código do texto: T5450529
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