Feliz Natal! Um Menino nos nasceu!

Feliz natal! Um menino nos nasceu!

Final de ano é sempre assim, a cidade fica mais bonita, mais iluminada, mais atraente, mais charmosa, os empresários donos de grandes comércios ficam mais ricos, algumas pessoas mais hipócritas, outras mais sensíveis, algumas crianças mais ingênuas, o papai Noel cada vez com menos presentes (as crianças agora querem tabletes e Smartphones e o "dinheiro" do bom velhinho não é suficiente) enfim, não podemos negar que há uma magia que nos contagia no natal, e não podemos deixar que o significado dessa magia se passe sem nos deixar uma marca.

Bom o que podemos aprender com a magia do Natal?

Primeiro. Passamos o ano inteiro buscando nossos objetivos: trabalhamos, estudamos, compramos, amamos, perdemos, ganhamos, enfim, na maior parte dos dias do ano inteiro passamos grande parte do tempo vivendo pra nós, e, isso de certa forma não está errado, temos que buscar evoluir, progredir, nada de errado nisso, mas a magia do Natal nos ensina que nossas conquistas quando compartilhada com quem amamos é muito mais gratificante, muito mais saudável, porque no natal percebemos que por maiores que forem nossas conquistas se não tivermos com quem compartilhar a nossa mesa, o nosso vinho, tais conquistas nada significam, pois uma mesa repleta de pessoas agradáveis está além de diplomas e títulos. Enfim, o individualismo no natal é desmascarado.

Segundo. Em decorrência dessa correria do dia a dia, deixamos de olhar para o próximo, não me refiro ao “próximo” familiar, ou amigo (apesar de que muitas vezes até a estes deixamos de olhar), mas me refiro ao próximo, isso ao próximo, aquele a quem não compartilhamos a nossa mesa, aquele a quem não compartilhamos um mero sorriso sem graça, aquele a quem não desejamos um bom dia exatamente igual ao dia de ontem, aquele que não sabe das nossas lágrimas, no entanto, também choram, aquele que não nos ama, mas certamente tem os seus amores, é a esse próximo que me refiro. Estamos tão apressados, correndo tanto, que rir a um estranho se torna em algo completamente utópico, mas no natal, ah no natal, o próximo tem certa visibilidade, não vou dizer que é uma demasiada atenção, mas o próximo se torna concreto, a magia do natal nos faz desejar ao vizinho que não trocamos nem sequer um olhar durante todo o ano, no natal desejamos felicidades a ele; bom talvez você diga: isso é hipocrisia! Tá bom estraga prazer, eu sei que existem pessoas que já perderam a alma (digo alma no sentido “sensível” da palavra), mas se eu não acreditar na sinceridade de algumas pessoas, confesso que a sociedade é um caso perdido, enfim, no natal a compaixão dá o seu ar da graça, e mesmo que seja por alguns minutinhos enquanto se espera dar a meia noite, sabemos que há semelhantes ao nosso redor que também almejam serem felizes, e que um gesto de carinho a este já pode ser uma etapa para essa tal felicidade.

Terceiro. O capitalismo fez de nós imediatistas, queremos tudo pra “ontem”, não temos o direito de se entristecer, não temos o direito de se sentir mal, não temos o direito de chorar simplesmente por chorar, sem motivo algum, simplesmente chorar para arejar os olhos, não temos o direito de sofrer por amor, pois nos dias atuais a fila anda, não temos o direito de fracassar, não temos o direito de parar e descansar por um tempo, nos dias atuais tempo é dinheiro, inclusive até essa lógica se apossou do natal, mas graças a Deus ainda não destruíram por completo a magia que envolve tal data, não temos o direito de ser do contra, hoje em dia a beleza da discórdia é chamada de preconceito, nos dias atuais não há espaços para o debate, os não dogmáticos tem a verdade, e os dogmáticos querem dialogar, nos dias atuais os valores tem preço, e são vendidos facilmente por poucas moedas, que semelhança com a história do menino que nos nasceu, nos dias atuais tudo é com prazo de validade, os relacionamentos não são duradouros, pois há uma etiqueta que se seguem em tais relacionamentos “troca em 30 dias”, ou seja, o outro não passa de um interesse próprio, enquanto o outro me trouxer prazer ele é útil, mas quando o outro se torna um problema este é eliminado da nossa vida... Ah, mas no natal, no natal há uma magia diferente, no natal descobrimos o significado da palavra amor, no natal mesmo sem nos darmos conta, pronunciamos a frase mágica “eu te amo”, no natal até mesmo as compras tem um ar de amor intrínseco, no natal as cidades são enfeitadas por pessoas que amam, no natal as lojas são enfeitadas por pessoas que amam, no natal os shoppings são lotados por pessoas que amam, no natal as ruas são invadidas por pessoas que amam, no natal somos assaltados por pessoas que amam (absurdo, mas esses caras também amam), no natal mesmo sem saber as pessoas comemoram o nascimento daquele que nos amou primeiro, ah no natal, a magia do menino nos contagia, e por alguns instantes nos damos bem com nossos inimigos, amigos, familiares e desconhecidos, ah como é bom a magia do natal!

Talvez você leitor (o mesmo que diz ser hipocrisia desejar feliz natal ao vizinho) diga que o natal está pautado em uma mentira, já que o menino não nasceu em tal data, tudo bem, concordo contigo, o menino não nasceu dia 25 de dezembro, no entanto, não é do natal que vem a magia, a magia do natal vem do menino, e independente da data, ele nasceu, e sempre que alguém comemora a data de seu nascimento, sendo a data certa ou não, a sua magia vem à tona, e traz com ela mensagem do amor.

Feliz Natal!!!

Um Menino nos nasceu!

Desejo a todos vocês amigos leitores vários natais no mesmo ano! Aliás, se possível, um natal a cada dia do ano!

Luciano Cavalcante

Luciano Cavalcante
Enviado por Luciano Cavalcante em 18/12/2013
Código do texto: T4617392
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