CRÍTICA
Em vagas palavras, a crítica se revela,
Espelho distorcido da alma que dela zela.
Quem mais aponta, muitas vezes é o ego,
No próprio desvio, é um jogo de cegos.
Trazem consigo um saco pesado,
Repleto de faltas, num fardo amarrado.
A visão embaçada, alma inclinada,
Critica ao caminho, mas vive na estrada.
Crescemos na crítica sincera, verdadeira,
Espelho que lapida, lapso que clareia.
Mas o vazio ressoa na crítica sem razão,
Reflexo de quem se perde na própria confusão.
No teatro da vida, a Crítica é ator,
Desvendando a cena, revelando o ardor.
Ao olhar para fora, mira-se para dentro,
A crítica construtiva, um nobre momento.
Assim, no palco do tempo, a crítica dança,
Um balé de verdades que a alma alcança.
Que cada palavra, como pétala caída,
Seja crítica que floresce, na essência da vida.
Tião Neiva