DEPOIS DA MORTE
É possível que você esteja em um casamento feliz.
É possível também que tudo siga o curso natural da vida. Seu marido trabalha e tudo que sua casa e você precisam ele provê. Ou pode ser que sua esposa trabalhe, tem a vida financeira dela bem resolvida. Mas, eis a morte! Ela leva a todos.
Chega a hora de resolver as pendências deixadas por quem se foi:
Quanto seu cônjuge recebia de salario?
Quantas pessoas deviam a ele?
A quem ele devia?
Em quantos Bancos ele tinha conta?
Quais as senhas?
Vocês tinham uma conta conjunta?
Qual a senha do celular?
Qual a senha do WhatsApp?
Imagine agora que seu cônjuge tem uma Conta Jurídica, e nessa conta está a maior parte do dinheiro que recebe. Você tem um cartão adicional? Você tem uma Procuração para agir em nome dele, caso precise?
Se seu cônjuge sofrer um acidente e ficar impossibilitado de agir, ficar inconsciente, como você vai pagar funcionários, fornecedores e, quem sabe, até o hospital ou caixão dele?
Se as despesas da casa provém da mesma fonte, como vai pagar essas despesas, incluindo escola dos filhos, alimentação, Plano de Saúde...?
Como estão os documentos dos seus bens, imóveis, veículos, etc? Seu cônjuge tem um advogado de confiança?
Quem é ele e qual o contato dele?
Há pessoas que omitem essas informações do cônjuge, e em caso de morte, até resolver tudo juridicamente quem ficar vai sofrer até resolver tudo, se tiver crianças vai ser pior. Se houver filhos de outro relacionamento, divórcio que nunca foi realizado no papel com outra pessoa, nesses casos a tendência é ser pior ainda.
Esse texto é para trazer reflexão:
O quanto você está preparado (a) para viver essa despedida, em termos racionais?
Se você não tem essas informações é porque descansa demais no fato de que a outra pessoa resolve tudo, ou pensa que vai viver para sempre, ou o seu relacionamento está fragilizado, tem brechas importantes a serem fechadas, não há confiança ou parceria ou respeito ou tudo isso junto. É preciso pensar no amanhã, pois ele vai chegar, quer queira, quer não.