Ao sabor das marés

A vida pinta e borda destinos.

Sacoleja o barco ao sabor das ondas.

Mas ao final das marés

Deposita a embarcação na praia.

Mesmo que águas se depositem

no convés,

O mastro vergue ao sabor dos ventos.

Há um condutor mestre e hábil.

Ainda que o sal das águas e dos dias

Tracem sulcos ásperos como veios de garimpo

Não se está só nessa jornada.

Sorva do amigo o olhar de ânimo.

Deixe-se abraçar pelos semelhantes

Que tem o mesmo mapa do amor e da dor.

Creia que a noite vem acompanhada

Por um novo dia de luz e de calor.

Basta abrir os pulmões à energia boa.

Descarte a poluição que nos circunda.

E teima em hastear bandeiras de decepção.

De tudo resta sempre um saldo positivo.

O mundo não acabou ainda.

E se corações batem harmônicos é porque

São capazes de acender ainda a tênue luz do amor.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 01/02/2016
Reeditado em 01/02/2016
Código do texto: T5530636
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.