Aprendizagem

Da própria casa ele sempre estava ausente

Quando aparecia, se não aparecesse, seria bem melhor, a família teria paz

Numa chácara ,herança dos pais , ele vivia

E refez sua vida com outra família

No dia do seu velório ,muitos contam emocionados (as), o que fizeram juntos

E dos seus olhos lágrimas de saudosas lembranças escorrem

Enquanto os órfãos de pai vivo

Poucas coisas pra contar. Mágoas ou memória preservada?

Herdou a chácara do pai, fez doação da casa dos seus pais para o filho mais velho,e construiu outra casa.

Na sua casa, uma mesa grande na cozinha , avarandado, cachorros, ...

Será que se ele sentisse a dor da vida de filhos criados sem pai seria diferente?

Ou a indiferença doeria mais?

Restam inquietações

E triste memória de decepção

Após a morte, sentem falta dele

E quem acostumou com sua falta? Faz o quê?

Embora a vida tenha causado dores , o sofrimento da doença instalada, amadurece a alma, de quem acompanha o processo. Um fim de rota marcado por dores, despedida marcante, e ensinamento importante: ninguém está livre da morte e das experiências de dores e sofrimento, seja bom ou ruim. Sofrimento é humano.

Leah Ribeiro Pinheiro
Enviado por Leah Ribeiro Pinheiro em 02/01/2024
Reeditado em 09/01/2024
Código do texto: T7966980
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