Milonga do Forasteiro


À luz de meu candeeiro

As picadas palmilhando

Campearei mundo inteiro

Num tordilho galopando

 

Talhões dos antepassados

Lavrados à sangue e suor

E neles, todos sepultados

Estão meus pais e os avós

 

E nas sendas do coração

Só há lugar pra Tereza

Na ponta do meu facão

Morte, sangue e tristeza

 

Seja terrunha ou forâneo

Inda que haja pendengas

Terei direito às avoengas

Leivas de anis e gerânios

 

Ê prenda, menina faceira!

Ô vida, lépida e fagueira!

Ê prenda, menina faceira!

Ô vida, lépida e fagueira!

 

MARCANTE, Alexandre.

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Alexandre Marcante
Enviado por Alexandre Marcante em 15/03/2023
Código do texto: T7740878
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