Chacoalha seu juízo.

Quando o sol chegou...

Já era saudade.

Foi embora o amor...

E a felicidade.

Quem no peito Guarda...

Marcas de alegria.

Olha toda flôr...

Cai em nostalgia.

Quem é gente chora...

Quando há pobreza.

Desdém do amor...

Não sabe a riqueza.

Quando troca a flôr...

A delicadeza.

Vende por dinheiro...

A sua beleza.

Todo homem chora...

Se o diabo carrega.

O rico de amor...

É o rico da terra.

Quem comprou carinho...

Achou falsidade...

Vai na igreja atoa...

Por pura vaidade.

O pobre é feliz...

Tem o lar alegre.

A roda da mesa...

A nobreza serve.

Comprou um amor...

Óh pobre coitado.

A noite vigia...

Não dorme sossegado.

A cobra é matreira...

Quando tem beleza.

Vende a porcaria...

Pensa em riqueza.

Deixa a sua cruz...

Muda até de igreja.

Despreza seu homem...

Pura avareza.

Vai se rastejando...

No chão que é rijo.

Geme no escuro...

Chacoalha seu juízo.

Onofrio
Enviado por Onofrio em 18/11/2020
Código do texto: T7114311
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