Acabou a prosa.

Não tenho visão...me abre a porteira.

Eu tô sem noção...segura a cadeira.

Tô no avião...e eu dei bobeira...

É gente que fala... é flôr que se cheira ?

O meu égo cala...ela é de primeira.

Essa vida é escola...óh pobre coitado !

Quis bancar o nobre...e ficou prostrado.

Beleza é esnobe...e não dá fiado...

Quer saber dos cobres... é mal arranjado.

Acho que tô pobre...mal encaminhado.

O bote quem deu...foi pura ironia !

Um era Romeu...o outro garantia.

O gato comeu...o que o bobo tinha.

Salvou o que é seu...presente do dia.

Jogou e perdeu...sua companhia.

Agora é desmando... já era a poesia.

Quero ver romance...com louca na pia.

Fome bate a porta...me fala Maria.

Espanta o cristão...aquele que cria...

Dinheiro na não... é a fé do dia.

Não pode tocar...aquela euforia.

Há dor sem amor...busca auforria.

Olha pro labor...falta valentia...

Quer um novo ardor...deixa a cama fria.

Vida sem sabor...onde há covardia.

Eu sei que já deu... cansaço é a prova.

É um amigo seu...eu digo é uma ova !

Decência e valor...o sagrado prova.

Se não há sabor...a honra estrova.

Pode ir amor...acabou a prosa.

Onofrio
Enviado por Onofrio em 18/09/2020
Código do texto: T7066068
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