Para ninar Nina
O trem que passa no meu lugar
vem de lá, vem de lá
de onde vem o luar.
O trem que passa no meu lugar
para pro velho passar,
pra ver a moça sambar.
O meu trem não tem pressa,
apenas se apressa a se anunciar:
o mais belo silvado singrando o ar.
Vem de lá, vem de lá,
vem de trás da montanha
de embalado sonhar.
Vem de cá, vem de cá,
vem de trás deste sonho
de encantado lugar.
O meu trem breve passa,
soprando fumaça arquejada no ar,
ensinando leveza, aprendendo a voar.
Vem de lá, vem de cá,
vem de cá, vem de lá.
E o Tempo é quem para pra vê-lo passar.
O trem que passa no meu lugar
vem de lá, vem de lá
de onde vem o luar.
O trem que passa no meu lugar
para pro velho passar,
pra ver a moça sambar.
O meu trem não tem pressa,
apenas se apressa a se anunciar:
o mais belo silvado singrando o ar.
Vem de lá, vem de lá,
vem de trás da montanha
de embalado sonhar.
Vem de cá, vem de cá,
vem de trás deste sonho
de encantado lugar.
O meu trem breve passa,
soprando fumaça arquejada no ar,
ensinando leveza, aprendendo a voar.
Vem de lá, vem de cá,
vem de cá, vem de lá.
E o Tempo é quem para pra vê-lo passar.