Ateísmo Plausível

Não crer com a fé que cega os nêgo ortodoxos

É como não querer legalmente os tóxicos

Dióxidos, pros meus pulmões

Disléxicos nas dimensões do saber

Não querer mais que uma fé genuína

A heroína que facina e que me enche a menina dos olhos

Os alhos, molhos, os acessórios da religião doentia

Os necessários nessa guerra vadia

Os néscios, vários, cheios de ousadia

De hoje em dia, há dias que ninguém a adia.

Toda utopia, melancolia de uma vida vazia

Ninguém sacia a alma com tanto entulho

Muito barulho em nome do Deus dos cristãos

Muito bagulho em nome dos falsos irmãos

Muito mano vacilão, muito tretão andando na contramão do evangelho

É vão e gélido o Adão e Eva dos gélidos

Os anjos angélicos, os manos pentelhos, maquiavélicos

A quem aconselho, sempre de joelho no espelho e apelo com o apêlo dos velhos.

Não creio no "amor" forjado na incoerência

Eu creio no valor que traz luz à consciência.

Não creio no deus que ignora a inocência

Como toda prova do que se esforça em decência

Sendo assim sou ateu, coerente, consciente de que um deus mal representado não é digno de crença.

Não crer com a fé que hoje é mercadoria

É como ser ateu do deus de toda ironia

Todo entender da ciência sem ter metodologia

Sem ter critérios que operem a consciência que guia.

E se é questão de assumir eu vou sem nenhum apego

Confessar que eu sumi com um pedido de arrego.

E se posso presumir os meus irmãos são pelegos

No meio de tantos negos o que me assola em medos é a cruz para a qual negam os pregos.

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 01/04/2018
Reeditado em 09/11/2019
Código do texto: T6296374
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.