Menina do Mato

Sou menina nascida no mato

Tomei banho de valão

Trepava no pé de goiaba

Não tinha brinquedo, não.

Ouvia no alto-falante

A dedicada canção

Andava de pés descalços

Não tinha dinheiro, não.

Hoje, pulo fogueiras

No escuro urbano

Sem São João

Mas, a canção no peito

Clareia os olhos

Como um balão.

Cristina Ribeiro

Cristina Ribeiro rj
Enviado por Cristina Ribeiro rj em 04/02/2018
Reeditado em 04/02/2018
Código do texto: T6244589
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