CARTA DE ALFORRIA

Hoje vou cantar de alegria
Já saiu minha alforria
Vou deixar o canavial
Agora já não ouço aquele berro de:
_ Negro vem trabalhar!
Minha alegria era tanta
Que rezei pra minha santa
Perguntei se estive lá
Ela escutou minha prece
E mandou a princesinha Isabel
Me libertar
Saúdo a minha princesinha
Que minha santa te guie
Com as benção dos Orixás
Jamais esquecerei desse dia
Da minha carta de alforria
Eu sou um negro livre já
Agora não se escuta mais
O gemido da minha gente
Agora não sangra a pele daqueles
Pobres inocentes
Me sinto tão contente
Quanto mais a minha gente
Vou sair pelas ruas gritando
Pro mundo eu sou mais
GENTE!
Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 02/06/2017
Reeditado em 22/08/2019
Código do texto: T6016845
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