Rosas verdes

Quando você se foi, Rosa vermelha

fiquei perdido na ilusão

Você foi cruel, Rosa Vermelha

você é a cor de uma paixão

Você fez feitiço, rosa cigana

o meu desejo todo sempre se assanha

É tanta cama só nos meus sonhos

que eu os ponho numa oração

Como criança, entrei na dança

rezando a Cosme e Damião

Profana prece lhes pedi:

a boca doce que partiu

Sou outro homem, de outra cor

sou um arranjo primaveril

De esperar, sou esperança

sou rosas verdes num buquê

Pra ver você voltar pra mim

com aquele beijo de carmim

No nosso ninho de cetim

vou te queimar com a minha chama

Vou me vingar, Rosa Vermelha

as rosas verdes vão morrer

Eu não sou mais o jardineiro

de só uma flor, sem coração

Tenho um jardim inteiro meu

e outras flores pra regar

Jasmins, hortênsias, margaridas

e nomes eu não vou lhes dar

Pra te esquecer, Rosa Vermelha

as rosas verdes na lixeira

Um cravo roxo na lapela

o desamor dentro do peito

E no meu jardim de tanta flor

é proibido um novo amor

Não mais terá rosa alguma

nem flor qualquer de cor vermelha

Com um cravo roxo na lapela

te digo adeus, rosa bandida

Nota: essa é pra meter ficha no jukebox do bordel, e virar birita. Letra pra um bregão com o parceiro, João Neto.

Cassio Poeta Veloz
Enviado por Cassio Poeta Veloz em 01/06/2017
Reeditado em 01/12/2020
Código do texto: T6015808
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