GALO GARNISÉ

É lua nova no sertão de noite
É uma história pra quem sente paixão
É a melancolia de um nobre seresteiro
É o amor de Maria, seresteiro
Não chore, não...
A casa é um telhado sem telha,
Minha cama é uma esteira,
Lá não se come feijão
E o meu amor com Maria
É segredo é simpatia,
Seresteiro não chore, não...
A lua iluminou meu caminho
Pra que não pise no espinho, por
Onde andar
E as medonhas corujas, assusta-me,
Assusta-me
Maria vou voltar
Lá bem distante da serra
Sente o cheiro de terra
Quando chove no lugar
E aquelas aves rapinas
Se o animá deita cansado eles
Veem devorar
Amanhecendo o dia
Maria, Maria vem fazer meu café
E na janela o meu gado bovino
Espiando de quina o meu galo
Garnisé
_ Agora moço no tira gosto,
Vou te provar na colher.
No talharim cheio de cominho, antes
Do café
Mal agourou esse boi, numa tarde
Fagueira, mataram o meu Garnisé
Agora moço..
Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 26/04/2017
Reeditado em 22/08/2019
Código do texto: T5982132
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