HOMEM DO CAIS
Joaquim da Silva Nascimento
Seu violão um lamento
Descia a beira do cais
Noite fria
E um batuque a luz do dia
De madrugada refletia
A imagem de Jesus
Pra quem tem a dor no peito
Agora
No chora da viola, um lamento
Traz
Viajei á Terra Nova da Bahia
Ao som de samba e nostalgia
Tornei-me um homem do cais
Foi pra lá
Que a madrugada ainda ia
E o meu pedaço de nostalgia
Foi parar na beira do cais
Ressoou um pandeiro e uma
Cuíca
Sou marinheiro de primeiro dia
Também sei nadar, apesar de ter
Fel na garganta
De ter nas veias o samba
Capoeira levanta no Cais