Vejo nos Olhos
Vejo nos Olhos
E um olhar não mente
Um sofrimento, uma necessidade
A alegria e a felicidade
Nos olhos vejo o que se sente
Nada ali se esconde
Nesse barril de emoções
Eles são a torneira
Sempre abertas
Mesmo nos sonhos
Que deixa jorrar
Aquilo que se queria ocultar
Guardado bem lá no fundo
Em uma fração de um segundo
Se revela num olhar
Vejo nos Olhos
Até mentira e falsidade
Mansidão e verdade
É muito o que se vê
Através daqueles que veem
São de Deus uma obra-prima
Único, no corpo, a transformar
Em matéria o que se sente
O sentimento vira lágrima
Vejo nos Olhos
Materialização de sentimento
Seja alegria, ou dor
Felicidade, ou sofrimento
Mas os olhos que me olham
Podem não me ver
Se através dos meus não olhar
Por onde mostro meu ser
E nada consigo ocultar
Janela aberta do meu sentir
Amostra explícita do meu pensar