SUTILMENTE

O tempo anda na ponta dos pés

O tempo é uma vela que se apaga

Antes de escurecer

Você nem vê, você nem vê, você nem vê

O tempo cobra, agiota de Deus

O tempo é água que escorre das mãos

Antes de se beber

Você nem vê, você nem vê, você nem vê

O tempo sangra

O tempo sangra

Mas ainda vejo os seus olhos brilharem

Seu cristal, sua luz

O tempo é rude

O tempo urge

Você nem vê,

Você nem vê

Tempo passa camuflado por nós

Qual ave de rapina silenciosa e veloz

Consegue surpreender

Você nem vê, você nem vê, você nem vê

Tempo marca toda face

Tempo é navalha que talha e retalha

Sulcos sob o viver

Você nem vê, você nem vê, você nem vê

Axills e José Neto
Enviado por Axills em 16/01/2017
Código do texto: T5883468
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