1986 REALISTA FATALIDADE
Se você é capaz de apontar o teu dedo
Pra julgar e condenar um pobre réu
Veja e reveja os teus atos,
Olhe
sem medo dentro de teus segredos;
Pois você nunca caminhou
Dentro da paz em sorrisos do céu.
Eu em meu canto calado,
Um tanto quanto distante observo,
As injurias a mim apontadas
Dentro de teu tribunal
Em que eu sou o cervo,
Uma espécie degradante de animal
Para ser degolada.
Parece
Que colocaram amarras em mim
O que vem a mim;
São as pequenas cenas,
Que vão e que vem
Em caminhos de um lindo jardim
Quando você era a minha índia Iracema.
Hoje livre aqui sozinho, porém condenado.
Eu imagino
Como seria a nossa vida na verdade
Se você,
Em você não houvesse guardado,
A mentira de uma realista fatalidade.
Fato
Que pra você pode até ser irrelevante...
Mas que muito fere
E que ainda muito me magoa,
Deixando de ser o que é,
Por lembrar-se apenas do antes
Por que é esta mentira
O motivo que mais me atordoa.
Titulo = REALISTA FATALIDADE
Autor Maklerger Chamas ou NELINHO
Escrito em (LOCAL) Rua MINISTRO GASTÃO MESQUITA, 538 ou 552
Data 29/01/1986
Dedicado à26Z2M6A1N3O1E0L13M10J
Registrado na B.N.B.