ÀS VEZES QUIMERA - Vinnicius Cladu.
Já me acostumei
Em só ficar te querendo
A vida vai acontecendo
E eu sempre aqui, sem você
Eu não concordo
Com essa estatística alheia
De que não se corre nas veias
Esse sentimento que é dor
Mas, apelidaram de amor
Os pássaros voam de galho em galho
À noite, a lua sai... ela é noturna
Assim como eu era, às vezes quimera
De fênix-leão
Estar na gaiola ou de asas quebradas
Não faz mais nenhuma diferença
Se já estou cravado na crença
De que o meu céu não tolera mais vôos
O amor cega os olhos que não sabem olhar
Que não conseguem enxergar, diferenciá-lo da dor
Mas, eu quero sobreviver e ressuscitar minha vida
Que um dia morreu pelo sonho
De tê-la pra sempre comigo
Naquela estrada sem fim
Você não passava por mim
Eu lembro, era um final de tarde
Saindo daquela cidada aonde tudo começou
O vento enganava a janela, fazia seu cabelo voar
Bem como no sonho que eu sempre tinha
No qual teu sorriso me vinha
Em todas as nuvens que eu via.
Valente - BA, 02 de novembro de 2015 (18:54).