Madalena

No cinema do dia frio assistia,

A madrugada é uma coberta fria,

Pra quem mora na prisão aberta,

Sempre dorme com a pior notícia.

De quem pede,

De quem morre e ninguém diz.

É mais fácil culpar que ser culpado.

Ou prefere julgar que ser julgado?

A semelhança é a mesma,

A discordância é a mesma.

Pra quem pede,

De quem morre sem saber.

O surto é quem acalanta a fome,

A divina história,

O intruso sem nome

(o personagem).

Oh, Madalena o que fazes?

Buscando bitucas em calçadas de bares,

Há tanta gente morta na esquina da vida,

Há tanta gente viva, que se aproveita de você.

Há tanta gente viva, que se aproveita...

De quem pede,

De quem morre e ninguém diz.

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 07/05/2015
Código do texto: T5233707
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