Me faz chover

Eu só queria afogar as mágoas

Sentir a chuva inundar-me são

Pra muita gente ter um copo d’água

Afaga a dor que chora o meu sertão

Quero entender por que meu peito amarga

O sonho gasto de um coração

Me faz doer a sequidão na mata

O sertanejo a mourejar o pão

Me traz um chão, faz meu irmão

Plantar um pé, colher à mão (REFRÃO)

Na mão, no pé, no coração

Na fé que move nobre ilusão

A mão que afaga muitas vezes castra

Faz do sufrágio mera concessão

Sem perceber que “seu dotô” trapaça

O povo segue abnegado, então

E não alude a tudo que se passa

Nem desconfia da má intenção

É gente forte que carrega às costas

Os desmantelos de uma nação

(REFRÃO)

Mário Fiúza