Tu

Quando mereço e acordo esquecendo quem sou eu

Quando pereço e recordo quem fui eu

Quando a madrugada se aflora dizendo quem foi seu

Quando nós nos deparamos com o que morreu

Faz-me um bem pra me deixar coberto

Do que tu julgaste certo, assim, me faz desperto

Longe do dia, da noite mais perto

Morada efêmera tu embuça no peito

E tu ainda faz efeito

Tu me traz cada momento perfeito

A senda é pisada, do meu jeito, do meu jeito

Tu fez moda nas estações da minha aurora

Provocou rebuliço na caixola, por hora

Pras lembranças se diluírem, que demora, que demora

A maré vira o norte da moçada

Ventania que passou, bateu como roçada

Sacolejou toda a ossada, toda a ossada

Deu fim à caçada, vida passada

Esse mito que se inventa

Embutido no sonho de se ter o pé que esquenta

Jogo com chances volúveis, ganha quem tenta

A maré vira o norte da moçada

Ventania que passou, bateu como roçada

Sacolejou toda a ossada, toda a ossada

Deu fim à caçada, vida passada

Esse mito que se inventa

Embutido no sonho de se ter o pé que esquenta

Jogo com chances volúveis, ganha quem tenta

Leonardo Pitanga
Enviado por Leonardo Pitanga em 21/11/2013
Reeditado em 16/12/2018
Código do texto: T4580154
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