Tu
Quando mereço e acordo esquecendo quem sou eu
Quando pereço e recordo quem fui eu
Quando a madrugada se aflora dizendo quem foi seu
Quando nós nos deparamos com o que morreu
Faz-me um bem pra me deixar coberto
Do que tu julgaste certo, assim, me faz desperto
Longe do dia, da noite mais perto
Morada efêmera tu embuça no peito
E tu ainda faz efeito
Tu me traz cada momento perfeito
A senda é pisada, do meu jeito, do meu jeito
Tu fez moda nas estações da minha aurora
Provocou rebuliço na caixola, por hora
Pras lembranças se diluírem, que demora, que demora
A maré vira o norte da moçada
Ventania que passou, bateu como roçada
Sacolejou toda a ossada, toda a ossada
Deu fim à caçada, vida passada
Esse mito que se inventa
Embutido no sonho de se ter o pé que esquenta
Jogo com chances volúveis, ganha quem tenta
A maré vira o norte da moçada
Ventania que passou, bateu como roçada
Sacolejou toda a ossada, toda a ossada
Deu fim à caçada, vida passada
Esse mito que se inventa
Embutido no sonho de se ter o pé que esquenta
Jogo com chances volúveis, ganha quem tenta