Amor visceral

Finjo de bobo o teu olhar me seduz,

depois de uma briga me jogo no chão,

não me encare, é pirraça, não aceite desculpas,

me pega de jeito, me devora, com o doce desejo!

Me visto e me entrego, e aos poucos me dispo,

meu desejo é você não me deixe escapar,

não me deixe pensar, que a hora é essa,

nos lençóis de cetim em ardente paixão!

Com tom de desejo, não aceito o teu não,

mesmo nas brigas arranhões e grosserias,

você sabe que eu quero, seu amor eu não nego,

no meu jeito dengoso de ser, depois da briga!

Só me resta ceder teus encantos e beijos,

me faz enlouquecer pois sei que eu não presto,

me perdoa paixão, vamos viver,

esse amor tão bandido de farpas e mimos!

E como aos meus caprichos te faço render,

que culpa eu tenho desse amor visceral,

é apenas minha forma de te querer, amor surreal,

mesmo sendo assim, como num jogo sem fim!

Entre as brigas e dengos, o pior é que eu gosto,

sabes muito bem que quem ama é assim,

mesmo sendo bandido e entre os teus braços,

me entrego sempre assim depois das brigas!

Teu olhar tão negro me consome ao prazer,

o que eu posso fazer se nesse amor bandido,

você é quem manda, me domina, vai logo,

em juras me entrego a você!

Eu aceito calado o teu beijo forçado,

molhado e suado, de um amor tão bandido,

real verdadeiro e eu não posso esquivar,

não vai adiantar pois meu vício é você!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 25/09/2013
Reeditado em 25/09/2013
Código do texto: T4497001
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