A VOZ DA FAVELA

Eu sou a voz da favela, ninguém irá me calar,

Hoje eu vou dizer eu vou desabafar,

Sou um filho da favela, nela eu nasci e me criei,

Lá vivo de cabeça erguida, nunca matei, nunca roubei

Sou de um lugar descriminado, mal visto pelos jornais,

Pra muitos da sociedade a favela é maternidade de todos

Os marginais,

Sou muito descriminado por causa da minha cor,

Eu não sou marginal doutor, sou um rapaz trabalhador,

Acordo cedo pra batalha e avezes sai sem café,

Sou um guerreiro na estrada, são Jorge é a minha fé!

A favela é uma senzala, uma preta velha de bengala.

Implorando abolição, somos escravos do sistema e a minha

Carta de alforria e a liberdade de expressão me escutem então,

E também um campo minado, um Paraiso viciado,

E se entrar tome cuidado, a vida é louca e o mundo e cão,

Olhe pra frente, olhe pro lado, não pegue a contra mão...

Tem um tipo marginal, com pose intelectual,

E ele só entra na favela em tempo de eleição, chega abraçando

As crianças, kaô é falsa esperança, ele engana a população,

Minha voz em liberdade através desta mensagem,

S.O.S. autoridade quero projetos sociais, educação para as crianças,

Pra não perderem a esperança e se tornarem marginais, eu peço a paz.

Kcau Rodrigues
Enviado por Kcau Rodrigues em 29/05/2013
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