VENENO
Veneno
José Henrique / Alexandre leal
Lento destilar de sua crueldade,
foi o que eu tive em troca
aguento até esta sua nova droga, o seu cínico teatro
Cênico seus gestos ensaiados
seus passos marcados,
sei, nem tudo é natural, nem tudo é espontâneo
Invento quase tudo é tão instantâneo
quanto a sua bondade
quanto a sua bondade artificial, pensando esquecer este seu mal
Mas fui por sua astúcia traído,
lamento seu quarto ter conhecido,
ter do seu veneno provado
sobre tudo por este ter sido
por seu beijo introduzido