Sertanejo

Sertanejo

Trecho do poema Em memória de um sertanejo...

Musicada por Cau Marinho

Já faz tempo, muito tempo

Que habita meu sertão

Uma seca muita braba

Sem merecer atenção

Daqueles que com poderes

Teriam a solução

Em vez de sobrar miséria

Como sobra no sertão

Sobraria, com certeza,

Farinha, milho e feijão...

E o povo já tão sofrido

Sentir-se-ia impelido

A ajudar toda nação

Mas se escassa é a mesa

E tão farta a desgraça

O sertanejo se fecha

Dentro de si e, na vidraça,

Espera que esta pátria

Que nada lhes dá que se preze

Vire um montão de fumaça

Ou morra quem lhes governe!